A manipulação da extrema imprensa sobre a política externa brasileira

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O primeiro semestre do governo Bolsonaro foi marcado positivamente com o acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia. Acordo este que conseguiu ofuscar a tentativa da grande mídia de deteriorar a imagem do governo, utilizando-se do militar encontrado com cocaína e das críticas de Merkel e Macron.

O tema em pauta era o da carne Halal e o perigo do comércio brasileiro em perder mercado, visto que é o maior exportador do mundo. Havia o temor do Oriente Médio romper relações com o Brasil, ao alinhar-se com Israel e mudar sua embaixada para Jerusalém. A extrema-imprensa militante brasileira queixava-se de tal alinhamento e suposta perda de mercado. Porém, com o transcorrer do tempo, o governo Bolsonaro não só esfriou tal ideia como passou a adotar posições mais pragmáticas.

Uma política externa não ideológica

Em poucos meses a atuação de Bolsonaro não apenas mudou como entoou um princípio verdadeiramente conservador na atividade de governar, onde o seu papel não é introduzir paixões e alimentá-las, mas sim propor um verdadeiro tom de prudência e conciliação, como dizia Oakeshott.

O ingrediente pragmático adotado foi a conciliação com o Oriente Médio e, especialmente, a sua maior economia, a Arábia Saudita, que havia ameaçado cortar suas relações com o Brasil. Foi o momento em que Bolsonaro, como em Davos, apresentava-se para o mundo levando uma visão bastante pragmática e conservadora.

Para a imprensa militante, o bom diálogo com o país de Mohammad Bin Salman (MBS) não foi o suficiente e o arsenal ofensivo permaneceu. Em menos de três meses, esqueceram a carne Halal, o comércio e as relações com o Oriente Médio. Ela pouco se importa com o próprio país, seu futuro ou seu desenvolvimento. Seu único objetivo é vencer o conservadorismo, e para isso é preciso, antes, derrubar Bolsonaro.

Os revolucionários do Twitter, de forma nada surpreendente, mudaram completamente o viés e relembraram o caso Khashoggi, que foi morto pelo ditador Saudita. Uma verdadeira mistura de falta de lógica, silogismos falsos e desinformações.

A Arábia Saudita não é e provavelmente nunca será uma democracia. É um verdadeiro governo autoritário, fundamentalista e que exporta e financia movimentos terroristas mundo afora. Porém, para a mídia, isso nunca foi problema, desde que o envolvimento comercial fosse com os governos criminosos que vieram antes do presidente Bolsonaro.

A extrema-imprensa também pouco se importa com o valor comercial de mais de 4 bilhões de dólares entre Brasil e Arábia Saudita e suas relações bilaterais desde os anos 70. O que realmente possui importância é a queda de Bolsonaro, e para isso utilizam as ferramentas mais torpes possíveis.


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