Escorraçado da vida pública, o ex-governador de São Paulo segue implorando afeto da esquerda. Numa recente participação no Flow News, pediu perdão a Luiz Inácio e afirmou que a sua antiga postura era imprópria e desrespeitosa. Será que descolará um ministério?
As antigas falas foram proferidas em abril de 2018, na ocasião da prisão de Lula:
“A decisão da Justiça brasileira de condenar à prisão Luiz Inácio Lula da Silva lava a alma dos bons brasileiros. Lava a alma daquelas pessoas que sabem o valor da Justiça e sabem também das mentiras que Luiz Inácio Lula da Silva colocou, pregou e propagou pelo Brasil”, afirmou Doria na época.
Outra provocação também foi feita naquele período, em resposta a Gleisi Hoffmann (presidente do PT):
“Fique tranquila, ele será tratado como todos os outros presidiários, conforme a lei. Inclusive, o seu companheiro Lula, se desejar, terá a oportunidade de fazer algo que jamais fez na vida: trabalhar.”
João Doria
Eleito governador de São Paulo com o slogan “bolsodoria”, João Doria rompeu com a direita ainda em 2019, quando o oportunismo ficou muito claro diante de péssimas medidas de seu governo e declarações que acirraram uma competição contra o então presidente Bolsonaro.
Se antes cobiçava a presidência, Doria hoje seria eleito sequer para deputado. Descobriu pela dor que a traição política não compensa. Há dois cenários possíveis para ele: viver eternamente ajoelhado sobre os pés da esquerda ou abraçar o completo ostracismo.
