Entenda os 4 temperamentos

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Comumente nos perguntamos o porquê de determinadas pessoas reagirem de maneiras tão distintas frente a algum acontecimento que lhes acometeu. Não é raro também que questionemos como irmãos, ou pessoas criadas sob as mesmas circunstâncias, recebam as informações do mundo e escolham caminhos de vida tão opostos. Se, portanto, não nascemos com a personalidade formada – esta, na verdade, muda e se desenvolve ao longo dos anos –, o que explica, então, o exemplo supracitado?

O que são os temperamentos e qual a importância desse tema?

Cada um de nós nasce com uma estrutura mineral e imutável, que se encontra na psicologia humana. Esta é a principal razão por termos reações diferentes diante dos mesmos eventos. Imaginemos que todo ser humano possui um “filtro” dentro de si que o faz receber os estímulos de determinada maneira.

Uma pessoa ao ser contrariada pode se enraivar e, imediatamente, manifestar seu desgosto aos que estão à sua volta; outra, contrariamente, pode se fechar e guardar aquele episódio em seu peito, deixando que aquilo se transforme em rancor; há, ainda, aquelas que não se impactam de maneira alguma ao serem contrariadas ou têm facilidade em não manter o fato consigo.

Compreender como as pessoas a nossa volta – e nós mesmos – funcionam pode ser uma ferramenta extremamente benéfica a fim de melhorar os relacionamentos pessoais, vida profissional e afetiva. Saber que o outro pode não se impactar na mesma intensidade que nós, ou, por vezes, nem receber impacto algum, é uma maneira eficaz de evitar conflitos e desentendimentos supérfluos.

Quais são os temperamentos e seus elementos?

Para uma melhor compreensão desse estudo, utilizaremos os quatro elementos da natureza para distinguir as características que se manifestam em cada um dos temperamentos. Dotados de uma visão simbólica e poética, podemos nos aprofundar e entender o funcionamento deles: dois dos temperamentos são marcados pelo calor – o colérico e o sanguíneo; enquanto que o frio é designado ao melancólico e o fleumático.

O colérico e o fogo

O fogo tem a junção do calor e da secura, e, dessa forma, possui a capacidade de expansão e divisão. Imaginemos um incêndio ou, simplesmente, uma fogueira: ao nos aproximarmos somos tomados pelo seu calor, enquanto a sua luz irradia por todo o ambiente. Se o fogo é posto na medida, como na fogueira, somos aquecidos e acalentados; do contrário, em um incêndio, o que sobra é devastação e queimaduras. As pessoas que possuem esse temperamento, geralmente, são bastante extrovertidas, líderes natos e bastante persistentes. Aos conhecedores da Bíblia, podemos citar o exemplo do Apóstolo São Paulo que, antes e durante a sua conversão, sempre se mostrou enérgico, inebriante e com uma força inabalável diante dos seus ideais.

O melancólico e a terra

A terra é marcada pela secura e pela frieza. A contração é a característica marcante desse temperamento, pois a terra é rígida e se mantém tensa na maior parte do tempo. Diferentemente do fogo, a terra não se expande e tem a capacidade de guardar os impactos de maneira duradoura e vívida por muito tempo. Basta pensarmos em um objeto colocado sobre a terra e retirado: sua marca permanece ali. As pessoas melancólicas experimentam muitas emoções – e, por isso, devem cuidar dos seus pensamentos e tendência à tristeza -, transmitem segurança e têm, naturalmente, uma facilidade em serem artistas – músicos, poetas, escritores – e filósofos. Moisés era melancólico e foi um grande instrumento nas mãos de Deus; sempre cheio de abnegação, lealdade e habilidade, principalmente na condução dos israelitas pelo deserto.

O fleumático e a água

Assim como no melancólico, a contração é a constituição do fleumático. Possuem, portanto, a frieza; mas, para alcançarem a rigidez – como a terra -, é necessário que a água se transforme em gelo, a fim de guardar as impressões que lhes chegam. As pessoas com esse temperamento têm um ritmo psíquico menos rápido que os demais, pois elas demandam mais tempo para reagir. São mais introspectivos, pois estão recebendo as informações que vêm de fora de maneira mais calma. Ao contrário da secura da terra, a umidade da água faz com que os fleumáticos sejam capazes de envolver os demais. Abraão tinha esse temperamento. Era cauteloso, pacífico, harmonioso e obediente ao Criador.

O sanguíneo e o ar

A expansão é característica marcante desse temperamento, bem como no colérico. Ocorre que, neste último, a umidade não está presente; portanto, o colérico se expressa, porém não envolve. O sanguíneo, antagonicamente, tem a umidade, que acolhe e incorpora. O seu calor é lançado no ambiente sem a secura. Por isso, as pessoas com esse atributo são de fácil relacionamento e estão sempre buscando envolver-se com os outros. Por não conseguir conter-se muitas vezes, a impulsividade é traço marcante do sanguíneo. O ar não dispõe de rigidez alguma e, em virtude disso, é comum acharmos que determinado indivíduo seja, de fato, mais “aéreo”. Por não guardarem com facilidade o que lhes acontece, geralmente não armazenam dentro de si mágoas ou rancor. São Pedro é um sanguíneo nato: seus erros são visíveis a todos e, mesmo assim, não se mostra apático ou introspectivo. Ao invés disso, é caloroso, amável e sempre envolto de outras pessoas.

Você pode se aperfeiçoar!

Cumpre salientar que, mesmo o temperamento sendo uma estrutura fixa, é plenamente possível – e necessário – que cada pessoa busque os pontos fracos que dispõe, suas inclinações, e queira se aprimorar. A ideia em estudar as nossas predisposições e traços marcantes é, justamente, possuir um ponto de partida bem estruturado aonde possamos nos mover: reprimir certos instintos e melhorar outras qualidades, além de ser uma ferramenta útil para os relacionamentos, educação dos filhos e dinâmica profissional.


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