O Brasil precisa de um partido conservador

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O Brasil é um dos países com maior número absoluto de cristãos do mundo, e não é difícil perceber que a sua população, em grande parte, comunga de ideais conservadores. Em contraste, fomos governados pela esquerda por décadas, incluindo quatro eleições presidenciais vencidas pelo PT. Mesmo os brasileiros sendo conservadores, isso não refletia na política. Hoje, reflete muito pouco.

Se antes o problema era a ausência de liderança, hoje temos Jair Bolsonaro, na esfera política, e Olavo de Carvalho, na esfera intelectual, que denuncia os crimes da esquerda há muito tempo e somente nos últimos anos conseguiu atingir, de uma vez por todas, o cidadão médio. Esses são os dois maiores exemplos. A direita, hoje, possui muitos e muitos outros influenciadores qualificados, que além de serem qualificados, também atingem muita gente.

Acontece que todo esse potencial não é corretamente explorado na política. Na Câmara, por exemplo, mesmo o PSL, partido de Jair Bolsonaro, possuindo a segunda maior bancada, o que se verifica é um total desordenamento. O que era de se esperar, pois o partido não é conservador e não possui concepções sólidas. Foi utilizado como “aluguel” pelo presidente, mas não houve qualquer projeto de construção basilar.

Para agravar o fato, ficou constatado que muitos apenas se aproveitaram da “onda bolsonarista” para se elegerem, o que fica evidenciado no caso Alexandre Frota, que acabou sendo expulso e migrando para o PSDB.

No início do ano, inclusive, quem vos escreve se filiou ao PSL, com o simples intuito de contribuir com a agenda conservadora e fazer um trabalho de base na Bahia, estado onde resido e que é completamente dominado pela esquerda. O resultado é que, além de não ter qualquer projeto de expansão e qualificação, verifiquei uma direção sem qualquer alinhamento com os ideais conservadores e defendendo interesses para lá de duvidosos.

Em síntese, o PSL não é um partido de orientação conservadora. O DEM, o Novo e o PSDB, muito menos. É de essencial relevância a construção de um partido com tal ideal, aproveitando-se de tantas boas lideranças e do massivo apoio popular. Um partido organizado, ativo, com processo de seleção mais rígido, trabalho de capacitação para jovens interessados na política e um projeto firmemente estabelecido, sem espaço para isentões ou membros de personalidade duvidosa.

Tentativas e esboços já foram realizados, como no caso do PACO – Partido dos Conservadores, que acabou não saindo do papel. Lideranças como Nando Moura, Bernardo Kuster e Allan dos Santos devem deixar desavenças para trás e trabalhar em prol da solidificação do conservadorismo. A esquerda, com muito menos apoio popular, obtém sucessivas vitórias em função da maior organização política. Isso precisa mudar. Ou qualquer conquista obtida até aqui será facilmente dilacerada.


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