Na manhã desta segunda-feira (21), em São Paulo, o ex-presidente Michel Temer foi preso pela força-tarefa da Operação Lava Jato. O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, foi o responsável pelo mandado de prisão. Além de Temer, o ex-ministro das Minas e Energia, Moreira Franco, também é alvo da operação.
Cabe lembrar que o ex-presidente respondia a cinco investigações no Supremo Tribunal Federal, sendo acusado de diversos crimes, entre os quais o de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Sem o foro privilegiado, tornou-se célere e peremptório o julgamento de suas responsabilidades pela primeira instância da Justiça.
É mais uma concretização, de extrema relevância, por parte da Lava Jato. Em um recém golpe sofrido pelo STF, mostrou-se mais uma vez apta às investigações e posteriores condenações de diversas autoridades, alvejando desta vez o ex-presidente da República. Espera-se, portanto, que o Supremo não venha a cometer um novo golpe, nos próximos dias, contra a maior operação anticorrupção da história do país.
Prova-se, além disso, a fraqueza do discurso contrário à Lava Jato – de que os condenados eram perseguidos devido às suas atuações políticas. Resta-lhes perceber que todos os agentes públicos, independentemente de posição partidária, não estão imunes à Justiça; ou melhor, não estão acima da lei, como bem frisou o ex-juiz federal Sérgio Moro em sentença condenatória proferida contra Lula.
