Não é novidade que o Movimento Brasil Livre, coordenado por Kim Kataguiri, é movido por ambições políticas, o que foi verificado em diversas situações de 2018 para cá. Recentemente, contrariando a ideologia liberal, diversos membros importantes do movimento passaram a adotar o discurso da irresponsabilidade econômica, usando como pretexto o coronavírus. O objetivo é tão somente atingir o Governo Federal e angariar capital político.
“Agora não é o momento de pensar em ajuste fiscal”, disse Kataguiri, propondo corridas “de graça” em táxis e aplicativos de carona para determinados profissionais do país. Como não existe almoço grátis, as despesas seriam arcadas pelo poder público, conforme o próprio deputado, que finge não conhecer a grave situação econômica pela qual passa o país. Tal postura, adotada por conveniência, está na contramão do que foi defendido em toda a sua trajetória política.
Além dele, outros líderes do movimento estão há tempos pleiteando a irresponsabilidade. Arthur Mamãefalei, por exemplo, compartilhou em seu Facebook postagens em favor do completo isolamento da população e a consequente destruição da produção. Renan Santos fez o mesmo, só que no Twitter.
Os membros do MBL, embora sejam completos ignorantes em matéria política e cultural, possuem conhecimento em economia, o que leva a crer que a referida posição possui interesses escusos. Certamente sabem que não existe diferença fática entre vida e economia, visto que a população precisa, para sobreviver, de alimentos, remédios e capacidade para pagar as suas contas.
O Mundo Conservador defende que o coronavírus não seja ignorado, mas que seja combatido da maneira correta, sem populismo. Os governadores, ao agirem com interesses eleitorais, colocam em risco a vida da população, que certamente terá um número de óbitos muito maior com a grande depressão econômica do que com o vírus em si.
A melhor alternativa para contenção de danos é investir no isolamento vertical, prática que ganha força nos EUA e diversos países europeus. Infelizmente, para a turma do MBL, Maia e Doria, o Brasil deve ficar estagnado. Quando a nação for assolada pela pior crise social da sua história, está claro que a culpa será imputada ao presidente Jair Bolsonaro.
