Escola: local de aprender ou de ser manipulado?

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INDICAÇÃO DE LIVRO: “Maquiavel Pedagogo”

A maioria das escolas em todo o mundo está utilizando técnicas de manipulação psicológica em seus alunos, e por isso o ensino e a aprendizagem têm decaído drasticamente nas últimas décadas.

Muitas pessoas se perguntam todos os dias (assim como eu me perguntava no passado) o porquê de o Brasil apresentar índices tão ruins nos mais diversos testes de conhecimento. A verdade é que a educação há algumas décadas tem se transformado, e tornou-se algo muito diferente do que é em sua essência.

Para desvendar as razões desse problema, o Mundo Conservador trouxe a indicação do livro Maquiavel Pedagogo ou o Ministério da Reforma Psicológica, do autor Pascal Bernardin.

O autor não faz análises sociológicas ou busca se aprofundar no tema. Na verdade, ele procura, de forma objetiva e concisa, reunir uma série de fatos documentados para atestar as suas afirmações. O propósito central do livro é demonstrar como a educação mundial não mais se propõe a ensinar os alunos a serem verdadeiros intelectuais ou mesmo adquirirem um conhecimento real.

“Ademais, o nível escolar continuará decaindo, o que aliás não surpreende, já que o papel da escola foi redefinido e que sua missão principal não consiste mais na formação intelectual, e sim na formação social das crianças; já que não se pretende fornecer a elas ferramentas para a autonomia intelectual, mas antes se lhes deseja impor, sub-repticiamente, valores, atitudes e comportamentos por meio de técnicas de manipulação psicológica. Com toda nitidez, vai-se desenhando uma ditadura psicopedagoga” (p. 12)

Pascal prova que a educação hoje se caracteriza como um meio de revolução cultural, onde os valores perversos são introduzidos através das mais diversas técnicas de manipulação psicológica.

É por isso que ouvimos a expressão “idiotas úteis”: porque os alunos estão sendo manipulados para se comportarem e pensarem de determinada forma. Os estudantes estão sofrendo uma verdadeira lavagem cerebral e não têm maturidade e nem discernimento para escaparem das manobras que incutem em suas mentes.

Logo no primeiro capítulo o autor mostra as 13 técnicas de manipulação psicológica que são aplicadas nas escolas. Dentre elas, destaca-se a dissonância cognitiva, que acontece dessa forma:

“Se um indivíduo é levado a cometer publicamente (na sala de aula, por exemplo) ou frequentemente (ao longo do curso) um ato em contradição com seus valores, sua tendência será a de modificar tais valores, para diminuir a tensão que lhe oprime. Em outros termos, se um indivíduo foi aliciadoa um certo tipo de comportamento, é muito provável que ele venha a racionalizá-lo” (p. 24).

No segundo capítulo, o autor apresenta trechos de alguns livros e artigos publicados por professores que comungaram com a prática de aplicação da psicologia social da educação, como visto na obra C.A. Kiesler, The psychology of commitment experiments linking behavior to belief, New York, Academic Press, 1971:

“Dito sem rodeios, o sujeito adere à sua decisão e, assim, quanto maior o seu engajamento em um comportamento, tanto “maior será a mudança de atitudes caso o comportamento divirja das convicções anteriores do sujeito, e tanto maior será a resistência às propagandas ulteriores caso esse comportamento concorde com as opiniões prévias…”

(KIESLER, 1971, p.32, apud BERNARDIN, 2013, p. 34).

Bernardin apresenta documentos da UNESCO, feitos a partir de suas conferências e seminários. No trabalho denominado A Modificação das Atitudes, publicado em 1964, é atestado claramente o projeto de manipulação social para os fins mais nefastos possíveis. A UNESCO, utilizando-se da narrativa de ser uma obra que trata das atitudes de intergrupos, apresenta justamente as técnicas que foram elucidadas no primeiro capítulo da obra de Pascal.

“No que concerne à formação e à modificação das atitudes da sociedade em geral, os corolários dos resultados acima mencionados são evidentes”

(E.E Davis, 1964, p.24, apud BERNARDIN, 2013, p. 39)

Trecho situado após uma descrição de uma experiência sobre as normas de grupo.

“Os corolários desses resultados, para a modificação das atitudes no plano da vida social, são evidentes.”

(E.E Davis, 1964, p.40 apud BERNARDIN, 2013, p.39)

Trecho escrito após uma experiência de Brehm e Cohen.

Em síntese:

“A manobra destinada a modificar os valores articula-se assim: inicialmente, impedir a transmissão, especialmente por meio da família, dos valores tradicionais; face ao caos ético e social daí resultantes, torna-se imperativo o retorno a uma educação ética – controlada pelo Estado e pelas organizações internacionais, e não mais pela família. Pode-se, então, induzir e controlar a modificação dos valores. Esquema revolucionário clássico: tese, antítese e síntese, que explica a razão por que, chegada a hora, os revolucionários se fazem os defensores da ordem moral. E por que, nolens, volens, os partidários de uma ordem moral institucionalizada se encontram frequentemente lado a lado com os revolucionários.” (p. 66)

Com todas essas citações e comprovações, é possível atestar os planos maléficos que atingem os alunos de todo o mundo. Para conhecermos as manobras com maior afinco, a leitura desta obra de Pascal Bernardin torna-se indispensável. Este livro, recomendado pelo professor Olavo de Carvalho, explica de forma clara e coesa a deterioração pela qual passa a educação moderna.

Sugestão de livro

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