Coincidência? Delegado responsável pela investigação de Adélio agora pode ser peça chave do PT na PF

Compartilhe nas redes sociais!

Acreditem: a cada anúncio do novo (des)governo, sinto frio na espinha. Eu, que vivi os quatro governos petistas, sei que, caso se concretize a posse deste homem, o Brasil irá à bancarrota em menos de um ano. Afinal, Lula vem com ares de vingança, não será mais o “Lulinha paz e amor” de vinte anos atrás. Ele virá cobrar, e com juros, tudo o que passou nos últimos tempos.

O primeiro “boleto” de Lula foi dado no anúncio de seus ministros. A lista, que mais se assemelha à escalação de futebol de presídio, já tem alguns nomes confirmados: Flávio Dino para o Ministério da Justiça; Fernando Haddad para a Fazenda; José Múcio na Defesa; Rui Costa na Casa Civil; e Mauro Vieira no Itamaraty. Um verdadeiro pesadelo de olhos abertos.

O segundo “boleto” vem com a indicação de nomes para os dois mais importantes cargos na segurança pública: a direção da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.

Para a PRF, foi indicado o nome de Fabrício Rosa. Formado em Direito e doutorando na área de Direitos Humanos, Fabrício é policial há 20 anos. Seria um bom nome, não fosse pelo fato de ele ser a favor da legalização das drogas. Sim, o leitor não viu errado: o possível novo diretor da polícia mais atuante no combate ao tráfico é a favor da descriminalização da maconha. Disputou três eleições pelo PSOL, para vereador e senador — tendo sido derrotado em todas.
Além disso, Fabrício é crítico à propriedade privada; eu poderia até questionar o por quê de ele não abrir mão de sua residência, mas lembrei-me de que quase todo progressista sofre de um mal chamado hipocrisia.

Para a PF, o nome ventilado é o do delegado Andrei Passos. A relação de Passos com a esquerda é um “caso de amor” antigo, afinal, ele fez a segurança de Dilma durante a eleição de 2010, e foi dela a indicação de Passos para a instituição.
O delegado se tornou a principal aposta do governo de transição para tirar a segurança do presidente eleito da mãos dos militares aliados ao presidente Jair Bolsonaro.

Ele foi o responsável por pedir à PF a instauração de diversos inquéritos para investigar supostas ameaças contra Lula. Ele também já criticou a gestão da pandemia pelo atual governo e afirmou que o Ministério da Defesa não deveria opinar sobre segurança pública:

“As instituições têm competências definidas e zelamos por essa legalidade. Não avanço um milímetro na área de defesa e não aceito que a defesa interfira um milímetro na área de segurança”

Com a indicação de Andrei Passos para a direção geral da PF, o nome que circula para assumir um dos cargos de chefia da instituição é o do delegado Rodrigo Morais Fernandes. Não lembra dele?

Deixe-me refrescar a memória do leitor: Fernandes foi o responsável da investigação do atentado contra o presidente Jair Bolsonaro. Foi ele que disse que Adélio Bispo, o responsável pela facada durante a campanha eleitoral em Minas Gerais, agiu sozinho, sem mandantes. De acordo com o inquérito, não ficaram provadas participações de outras pessoas, partidos ou agremiações partidárias, facções criminosas, grupos terroristas ou paramilitares em nenhum momento, “ainda que a maioria das pessoas acreditem na existência de suporte logístico ao perpetrador”.

Mas, acho que o tal delegado não fez bem seu trabalho.

Em 2007, Adélio filiou-se ao PSOL. Não chegou a participar de reuniões do partido, mas estava presente em manifestações de rua. De acordo com sua filiação, ele trabalhava como servente de pedreiro sem carteira assinada. Sempre residiu em bairros humildes em Minas Gerais, contudo teve um passaporte emitido em seu nome, em Setembro de 2009, onde constava que seu endereço seria no Bairro de Itacorumbi, em Florianópolis, local considerado de classe média. Essa, talvez, a mais estranha movimentação de uma pessoa que apenas trabalhou em lugares de baixa remuneração antes dos atentados.

Regressando para Montes Claros três anos depois, Adélio trabalhou como garçom, tendo pedido demissão três meses depois. Voltou para Santa Catarina, onde duas ocorrências policiais foram registradas: uma por invasão e outra por furto. No mesmo ano, retornou para Minas Gerais; outro boletim de ocorrência foi feito, desta vez, por uma briga com o cunhado. Segundo parentes, Adélio vivia recluso. Sua filiação ao PSOL encerrou-se em 2014.

Em 2018, Adélio esteve presente uma única vez no Clube de Tiro .38, que era frequentado à época por Eduardo e Carlos Bolsonaro. No dia, Carlos estaria presente; contudo, em entrevista à jornalista Leda Nagle em 2019, Carlos disse ter brigado com um amigo e que havia desistido de ir ao clube:

“Esse cidadão chamado Adélio esteve no clube de tiro que eu frequento no mesmo dia que eu estava em Florianópolis. Por um acaso, naquele dia eu não fui no clube de tiro. Aloprei com um amigo meu, que a gente tem mais ou menos a mesma personalidade, ‘Não vou pra aí! Tô indo pro hotel e dane-se!’

Carlos chega a dizer nesta entrevista que, segundo pessoas, Adélio estaria mais preocupado com quem entraria do que em atirar. Ou seja, ele estaria esperando ALGUÉM entrar. Quinze dias antes do atentado, Adélio foi a Juiz de Fora e hospedou-se em um hotel, onde pagou à vista em em dinheiro vivo, o adiantamento de R$400,00 pelo quarto.

Em março de 2019, um laudo feito por peritos indicados pela Justiça Federal apontou que Adélio Bispo sofria da doença mental transtorno delirante permanente paranoide, e foi considerado inimputável. Que doença tão conveniente!

A pergunta que não quer calar: se Adélio agiu sozinho, como o tal delegado disse, de onde tirou dinheiro para ir à Santa Catarina pela primeira vez, tirar passaporte, pagar um clube de tiro e pagar com dinheiro vivo a estadia de quinze dias em um hotel?

Em suma, o papel investigativo do sr. Fernandes, hoje fortemente cogitado para ser importante peça do PT, revela que existem chances consideráveis de omissão conivente num caso tão sério para a vida pública do país.

Se estas indicações se confirmarem, desta vez teremos polícias aparelhadas politicamente a proteger a quadrilha formada pelo PT e sua trupe. A Carreta Furacão virá com tudo para perseguir conservadores e blindar aqueles que disserem amém aos desmandos de Lula.


Compartilhe nas redes sociais!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *