Não é xenofobia. Não é achismo. Informações averiguadas por uma equipe de programadores do Ministério da Defesa da Lituânia apontaram para elementos extremamente perigosos no Xiaomi, um modelo de celular que sempre está figurando entre os mais vendidos no Brasil e no mundo.
O ponto que mais chamou atenção no relatório foi o fato de o dispostivo fazer a detecção de certos termos para bloquear ou armazenar. “Tibete livre”, “Taiwan Livre”, “Movimento democrático 89” e “Ai Weiwei” (artista dissidente chinês) foram alguns caracteres encontrados.
“Acredita-se que essa função permita a um aparelho Xiaomi realizar uma análise do conteúdo multimídia que entra no telefone do alvo, e depois procurar palavras-chaves baseadas nesta lista enviada para o servidor.”
Relatório lituano
Conforme o pesquisador Narseo Vallina, celulares operados com o sistema Android possuem um software pré-instalado que possibilita downloads automáticos, facilitando a ação do Xiaomi. Os smartphones podem colher dados mesmo após meses da aquisição.
Após o escândalo divulgado, países como Alemanha, Bélgica e Inglaterra passaram a investigar a marca chinesa, que já era vista com ceticismo por grupos mais conservadores.
Embora não seja algo que surpreenda, vale a menção para que fiquemos atentos. Tecnologias oriundas da China são produzidas necessariamente com o crivo do governo. A espionagem e o controle de dados são ferramentas indispensáveis para uma supremacia global efetiva – e Xi Jinping não tem a menor dúvida quanto a isso.
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