Amazônia para quem?

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Na semana passada fomos recheados com a histeria coletiva da esquerda, que logo depois se maximizou em escala mundial, transcendendo assim o debate para uma esfera de jogo político entre nações e saindo do mero cotidiano petismo x conservadores. A situação tomou forma maior quando o presidente Francês, Emanuel Macron, apareceu em defesa do “bem amazônico” chamando-o de “Nossa Casa” e levando a situação ao G7.

Em primeiro sentido, precisamos entender o porquê houve a histeria. A histeria, segundo o professor Olavo, é uma reação exagerada a um dado da realidade. Trocando em miúdos, o histérico possui o espanto diante de um gato tal qual uma pessoa comum teria perante o leão. Sendo assim, na sua própria atitude, o histérico sente a necessidade de falsificar os dados da realidade levando-os sempre para uma atitude exagerada, pois, por se tratar de uma ilusão, é mais fácil reforçá-la e impedir a reconsideração e educação contínua dos sentimentos do que assumi-la e conseguir evitar esse tipo de fenômeno. Por definição, o histérico, nas suas condições comuns, torna-se incapaz de negar a sua cosmovisão por si próprio, exceto por uma atitude de choque da própria realidade.

O primeiro dado que temos é uma fala do Evo Morales que norteia bem a realidade. “Estive na região, está absolutamente tudo controlado. Está havendo muita explosão midiática”. Sendo assim, o General Villas Boas fez uma série de Twitters falando a respeito da atitude e fala deplorável do presidente Francês Emanuel Macron.

Estando na realidade, urge analisar alguns aspectos do mundo moderno que precisam ser explicados para entendermos como uma mentira e porquê um chefe de estado se utiliza dela para disseminar e propagar uma ideologia que visa somente um domínio do território brasileiro com ares de dignidade de defesa ambiental.

Há na modernidade uma grande ilusão: a de que as idéias circulantes em sociedade são originalmente vindas do povo e este possui poder numa sociedade democrática. Acontece que o povo, em sua grande maioria, não tem tempo para formar suas idéias e opiniões e essas são controladas pelos meios que detém informações: mídia, universidades, etc.

Porém, esses meios também não são autônomos. Eles recebem informações de outros, como ONG’s e academias. E esses também recebem propósitos de outros grupos. Sejam abertamente conhecidos ou não.

O fato da França agora querer usar o G7 para controlar uma situação que não diz respeito a ela, do mundo inteiro estar se voltando para um assunto que não diz respeito a ele, acusando o povo brasileiro e o “terceiro mundo” (apelido carinhoso que eles nos alcunharam) de pecados cujas almas dos governantes europeus já não dão conta num purgatório, comprova isso.

Veja, Macron chamou a atenção do mundo para o ocorrido aqui usando uma imagem falsa que, imediatamente, foi republicada em todos os locais do mundo. Houve até jogador de futebol republicando. Mas como uma mentira se alastra assim? Porque há interesse de que essa informação seja passada adiante. E essa mesma informação chega imediatamente a você que fica nesse tiroteio e acaba tomando decisões e partido sem nem fazer idéia do que está acontecendo.

Veja que não é uma questão de política partidária: O Evo Morales, que não gosta do Bolsonaro e seus ideais, disse o exposto acima referente ao episódio (que afetou muito mais a Bolívia do que o Brasil). Não se trata de esquerda x direita. Se trata do tabuleiro dos interesses mundiais, onde o que vale é o poder e a boa imagem para todo o show business da ONU e dos demais globalistas.

É assim que a elite global age. Não por meio de aparatos políticos, mas por meio de desinformação, assassinato de reputações e por meio dos seus representantes nas nações mais poderosas do mundo. Sabendo desse modus operandi da elite global, precisamos entender: qual a relevância da Amazônia? Por que ela desperta tantos interesses?

Há naquele território uma infinidade de minerais e riquezas a serem exploradas. Algo que, se dependesse da maior parte dos países europeus, a floresta já havia sido extinguida. Além disso, há um sinal de alarme para o mundo todo devido a capacidade brasileira de produzir muito alimento e com qualidade devastando pouco. Segundo dados da Nasa, o Brasil usa apenas 9% de suas terras (quantidade muito baixa). E ainda assim, consegue alimentar quase o mundo todo.

Essa ameaça da França não é novidade. Mudou-se apenas a motivação. Veja nesse vídeo sobre a batalha das lagostas. Um incidente com a França devido a área de pesca brasileira, em que quase ocasionou num conflito bélico. Daí, não precisa-se de muita pesquisa para entender que o interesse europeu se deve àquilo que eles querem mas não podem possuir. A imagem, que havia dito, é criada para desestabilizar e falsificar o potencial do país. Na época do problema com as lagostas, não havia narrativa ambiental e nem preocupação. Então bastava apenas apelar para uma questão militar e assim o Brasil enfrentou.

Acontece que, na nossa década, o fenômeno das ideias de massa cresceram rapidamente, bem como a necessidade de opinar por parte das pessoas. Isso cria um cenário mais valioso para um pressão ideológica do que militar.

Assim você encobre seus objetivos, seus aliados e respalda suas atitudes. Ainda que ela seja espalhar mentiras e difamar uma nação inteira, que nada! É tudo pela natureza, pelo mundo.
Um exemplo em contrário foi o incêndio de Notre Dame. A catedral é patrimônio da humanidade, mas durante seu incêndio não houve alguém que exigisse à França a devolução da Catedral para a Igreja Católica. Porque o Cristianismo, especialmente o Catolicismo, está em desuso; não está no trâmite da narrativa mundial e quem domina o mundo deseja exatamente sepultá-lo. É assim que os ideais progressistas são utilizados como instrumento para fornecer poder e direitos a elite global. A esquerda com seus ideais, torna-se um instrumento de luta e garantidora número um da pose e do poder das elites globais.

Mas por que as elites se utilizam da narrativa como forma de gerar essa tensão? Porque há um recurso que a narrativa de ideias favorece sempre. O recurso psicológico.

Vivemos na era da aparência e que todos tem medo de estarem isolados. Na época que a depressão é a doença do século, estar sozinho e isolado é uma das circunstâncias mais recorrentes e, portanto, temida. Dito isto, os grupos que controlam as narrativas e as fazem circular na imprensa, academia e demais setores, criam uma imagem favorável de si, em defesa de uma causa nobre e que faça qualquer coração se sensibilizar.

Essa imagem se torna a referência para as idéias, métodos e atitudes desses grupos. Aí que torna-se atraente para todos ao seu redor quererem se identificar com esses grupos. Famosos ou povo comum.

Todos desprovidos dos meios de entenderem como as idéias circulam e de onde elas vieram são fisgados por esse recurso de: assemelhar-se a um grupo + se identificarem a uma causa nobre. Em certo sentido, para que isso tenha um efeito ainda mais devastador e se propague tal qual um incêndio na palha, é necessário não somente a atração e a sensação de estar do lado certo mas também a demonização absoluta de quem desvie um centímetro do discurso propagado.

Assim, não importa dados, fatos e argumentação lógica. O problema não é racional, é psicológico. A mente se sente tão convicta de estar na certeza que nem ao menos examina nada, embora esse exame não seja necessário, basta apenas a auto validação grupal. Basta slogans curtos, facilmente identificáveis e carregados de emoção e teremos formigas atraídas para o açucareiro: Pray for Amazônia, acabe com as queimadas, protejamos a nossa terra. Entre tantos outros colam e grudam na cabeça do sujeito na mesma medida que reforçam essa auto identificação grupal.

Com isso, conseguem poder e em 24 horas todos estão repetindo o que a Merkel, Macrón, Trudeau, Soros, etc; querem. Isso é poder, muito mais que a presidência de qualquer nação.Os homens odeiam a verdade por jurar que estão amando-a” (Santo Agostinho). E é assim que se torna tão fácil assassinar a reputação de alguém. Os donos do poder, os reis e rainhas do tabuleiro geopolítico ocidental, sabem disso. E usam desse recurso a seu bel prazer.

Tudo que foi dito corrobora com esses fatos expostos. O primeiro é uma notícia de um site francês que mostra o seguinte dado: A parte mais devastada da Amazônia fica na guiana francesa. O segundo traz a informação de um incêndio florestal na França em 2017.

A primeira notícia corrobora que todo esse alarde feito é para criar uma narrativa, fabricar uma imagem para destruir o Brasil diante da comunidade internacional e forçar uma tomada de atitude. A segunda mostra que incidentes como esses são preocupantes e devem ser combatidos. Mas a proporção que tudo tomou foi desproporcional, provando que não é algo natural e espontâneo, fruto de indignações reais. Mas sim algo fabricado e direcionado para uma determinada tensão.

A tensão é para legitimar um projeto de poder para facilitar a apreensão de todo território Amazônico para entidades internacionais. Fatiar a soberania brasileira.


O que mais existe nessas cúpulas globais é a formulação de projetos e planos para desmembrar esse território e, sob aqueles velhos pretextos comentados nos textos anteriores, explorá-lo com total liberdade. Um exemplo é o corredor triplo A.

Os projetos e planos existem. Mas não existem desculpas ou intenções nobres para praticá-los. Ainda que eles entrassem numa aventura militar, coisa que também é possível, teriam toda a legitimação discursiva para: Desgastar o governo brasileiro, desgastar o moral das tropas brasileiras, ganhar apoio populacional e minar o apoio internacional ao Brasil. Afinal: quem ficará contra burocratas bonzinhos querendo salvar bichinhos da extinção?

No caso do Macrón, por se tratar de uma despopularização dele diante dos agricultores franceses devido ao pacto da UE com o MERCOSUL e também de um avanço das causas climáticas na França, ele usou uma cajadada para acertar dois coelhos de uma só vez: Descreditando o Brasil diante do mercado internacional, ganha pontos com os agricultores; usando a causa climática, ganha capital político com seus eleitores internos.

No mundo de hoje precisamos ter muito cuidado com as boas intenções. Não há ditado que valha mais que “de boas intenções, o inferno está cheio”. Sem querer, apenas por acreditar defender o que é certo, podemos estar condenando a nós mesmos, nossos tesouros e nossos semelhantes. Portanto, fugir desse movimento de manada e uníssono é fundamental para manter a sanidade e conseguir deslizar entre as ideias propagadas. É isso ou virar massa de manobra.


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2 Comments on “Amazônia para quem?”

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