Walter Salles: O Bilionário Permitido

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Eles dizem lutar contra o acúmulo de capital e que bilionários não deveriam existir — mas basta um herdeiro branco e rico aparecer para que se curvem aos seus pés. Condenam o “imperialismo”, mas só se sentem relevantes quando recebem tapinhas nas costas de Hollywood. 

A desigualdade social seria o grande mal do mundo — exceto, é claro, para a família Moreira Salles, detentora do Itaú Unibanco e dona de praticamente toda a extração de nióbio do Brasil.

Gritam contra a repressão estatal, mas fazem vista grossa enquanto centenas de presos políticos do 08/01 seguem reféns do regime, sem julgamento justo, sem garantias básicas, sem sequer o mínimo de humanidade. 

Uma mãe é arrancada de perto dos filhos pequenos e transferida sem aviso à defesa. O Clezão não está mais aqui. Senhoras foram condenadas a 17 anos de prisão. E já não há sequer qualquer aparência de legalidade no Brasil.

Nada disso é novo. A esquerda sempre precisou de seus magnatas “permitidos” para financiar suas narrativas. Na Revolução Russa, Lenin prometeu terra e liberdade ao povo, mas dependia da elite bolchevique para sustentar sua máquina de propaganda. Banqueiros e industriais alinhados ao regime foram poupados e receberam generosos incentivos — desde que servissem aos interesses do partido.

Obrigado, Sr. Salles, por expor, ainda que sem querer, a farsa desse teatro. Seu filme retrata com precisão a realidade dos reféns do 08/01, mas a exaltação ao seu nome revela muito sobre a régua de quem prega contra os ricos. No fim, os que se acham donos da cultura seguirão apanhando da realidade — e fazendo papel de palhaços.


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