Após diferentes modais de perseguição contra Jair Bolsonaro, o foco nos últimos meses também está em pessoas de seu entorno. Nomes como Mauro Cid e Anderson Torres, apesar da ausência de condenação judicial, foram para trás das grades. Aliados do ex-presidente possuem convicção de que o intuito é forçar uma delação premiada, mesmo que embasada em narrativas falaciosas.
Ontem, o foco foi em Carla Zambelli, que teve passaporte, arma e celulares apreendidos. Nesse caso, a parlamentar está há um bom tempo afastada do ex-presidente, que repele tentativas de aproximação. Ainda assim, autoridades podem objetivar o fishing expedition, ou seja, mesmo sem uma investigação concreta, o intuito seria fazer uma pesca probatória nesses equipamentos, buscando atingir Bolsonaro ou alguém mais próximo de seu núcleo.
E Michelle Bolsonaro?
A esposa do capitão goza de bastante prestígio popular, fruto de sua atuação em projetos sociais entre 2019 e 2022. Em viagens feitas para palestrar em eventos deste ano, permanece recebendo um enorme carinho do público, que conta com o seu nome para eleições seguintes.
Após a inelegibilidade de Bolsonaro (algo que ainda pode ser revertido), veículos de mídia noticiaram que Michelle pode ser a próxima candidata ao mais alto posto do Executivo, algo que imediatamente despertou preocupação em nomes como José Dirceu e Rui Falcão, que possuem traquejo político e sabem que o nome dela é um grande ativo eleitoral.
O que fazer agora? Utilizar conexões no Judiciário para ressuscitar e alimentar o caso das jóias? Sendo uma acusação pouco consistente, a população não irá “comprar”, algo que tende apenas a expandir a sensação de injustiça no seio popular. Algo perigoso para eles, evidentemente.
Vale mencionar que Valdemar Costa Neto, presidente do PL, é entusiasta da candidatura de Michelle, tendo em vista que, em tese, ela não divide a base bolsonarista, conserva grande parte do capital político do marido e ainda pode apresentar menor rejeição.
Sendo assim, é importante observar as próximas conspirações orquestradas pela esquerda. Por mais que tenha como objetivo prender ou tornar inelegível qualquer grande ameaça eleitoral, uma análise séria demonstra que a tarefa não é das mais simples, considerando a polarização no país e a consolidação cada vez maior do conservadorismo enquanto força política.