No mundo moderno, poucas nações conseguem resistir à degeneração cultural e moral. A Polônia é uma dessas exceções. Após experiências históricas trágicas, tornou-se um dos países que mais sustentam a tradição conservadora no cenário global, recusando-se a ser massa de manobra da engenharia progressista.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o país esteve no centro dos conflitos entre o Nazismo e o Comunismo. Entre 1948 e 1956, mais de 20% da população polonesa foi dizimada, seja em combate, seja em execuções promovidas pelos regimes totalitários. Além disso, milhares de cidadãos foram enviados para campos de trabalho forçado na União Soviética.
Com a “desestalinização”, a Polônia enfrentou uma grave crise econômica, resultando em fome e diversas dificuldades para se reerguer como uma nação desenvolvida. Se antes sua economia se baseava quase exclusivamente no carvão mineral, ao longo das décadas o setor industrial se diversificou, destacando-se nas áreas siderúrgica, mecânica, química e de construção naval.
Atualmente, a Polônia possui um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,795, considerado muito alto. O país também ostenta um índice de analfabetismo de apenas 1% e uma taxa de desemprego de 3,8%, número que caracteriza o chamado pleno emprego. No entanto, por trás do progresso econômico, há um fator ainda mais relevante: a força da identidade cultural polonesa. Trata-se de uma população extremamente religiosa e educada, fatores que contribuem para um país próspero, seguro e bem estruturado.
O aspecto religioso é um dos pilares da sociedade polonesa. Cerca de 96,7% da população se declara cristã, sendo 91,6% católica e apenas 4% ateia — os demais pertencem a outras religiões. Essa sólida base religiosa explica, em grande parte, a resistência da Polônia às ideologias totalitárias e sua recusa em se submeter às tendências do globalismo moderno.
Como reflexo dessa postura, símbolos nazistas e comunistas são proibidos em território polonês. O país, que experimentou os horrores dessas ideologias no século XX, mantém uma aversão profunda a seus defensores, uma repulsa que vai além do campo legal e se enraíza na mentalidade da população.
Para os brasileiros que cogitam residir na Polônia, a burocracia exigida não é excessiva. No entanto, é necessário atentar-se ao clima rigoroso, marcado por estações bem definidas e invernos severos. O idioma oficial é o polonês, mas em algumas localidades é possível comunicar-se em inglês. Informações detalhadas sobre processos migratórios podem ser encontradas no site da Embaixada da Polônia.
Aos que permanecem no Brasil, que a Polônia sirva como referência na preservação de valores e na manutenção da ordem. Infelizmente, uma revitalização cultural em nosso país se faz mais do que necessária.