Sobre o conflito indo-paquistanês

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A Caxemira tem algo a nos dizer.

Recentemente, as redes sociais se inflamaram com a possibilidade de um novo conflito militar entre duas potências nucleares. A Índia e o Paquistão se estranharam, resultando até num conflito aéreo que culminou no abatimento de um caça F-16, e não é de hoje que esse fato é verificado.

Quando o território era dominado pelo Império Britânico, havia um conflito naquela região: a presença de duas etnias e religiões causavam grande instabilidade política. De um lado, os hindus; e do outro, os muçulmanos. Após a saída da Inglaterra, resolveu-se dividir aquela região em dois países, um para cada etnia, formando assim o Paquistão (nação islâmica) e a Índia (nação hindu). Há também no norte da região um pequeno território controlado pela China e, mais ao Sul, onde se dá o conflito, a região chamada Caxemira.

O motivo do conflito é simples e algo que nós, ocidentais, devemos recordar. A Caxemira é o único estado/região que possui uma predominância islâmica, e o fato de ambos os países possuírem quatro guerras (1947, 1965, 1971, 1999), alguns conflitos militares, uma guerra não declarada, o governo indiano acusar o paquistanês de causar guerras por procuração e financiar elementos terroristas para desestabilizar a região, faz com que toda a região torne-se instável e propensa a inúmeros conflitos. A bola da vez foi um atentado terrorista com bombas que atingiu e vitimou quarenta militares indianos. Foi a gota d’água para que os indianos atravessassem a fronteira aérea do Paquistão e abatesse alvos do grupo terrorista “Jaish-e-mohammed”, que reivindica a região da Caxemira. 

Como podemos ver, é um conflito que perdura por muito tempo e que sua principal força motriz é a atuação de grupos religiosos. Mas o que há de lembrarmos com esse episódio é a motivação principal de eventos assim não ocorrerem em território ocidental: o cristianismo, muito caluniado e vilipendiado, proporcionou ao ocidente a capacidade de desenvolver os embates religiosos por via da razão. Óbvio que há grupos e pessoas que fogem a essa capacidade, mas as bases para esse desenvolvimento e compreensão há muito estavam lançadas quando Jesus disse:

“Perguntou Jesus: “De quem é esta imagem e esta inscrição?”. 21. “De César” — responderam-lhe. Disse-lhes então Jesus: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.” 
São Mateus, 22 — Bíblia Católica Online

Ao indiciar a separação dos assuntos espirituais dos assuntos materiais, o cristianismo lança todo o Ocidente na potencialidade de saber administrar a tensão entre o poder exercido pela autoridade espiritual e o poder exercido pela autoridade secular. Sendo assim, os elementos constitutivos de sua progressão serão definidos não pelo avanço de um estado e de suas potencialidades, mas pelo avanço e capacidade de atração da sua doutrina, estilo de vida e da ação divina no coração dos fiéis.

O que ocorre na Caxemira, onde usa-se motivações religiosas para causar conflitos, só é evitado no Ocidente pela própria natureza do cristianismo.


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