A derrubada de sigilo da reunião ministerial trouxe consequências opostas em relação ao que esperavam Celso de Mello (STF) e Sergio Moro. O cálculo político mal efetuado fez com que parte expressiva da população brasileira aplaudisse e reforçasse o seu apoio a Jair Bolsonaro, que proferiu inúmeras verdades e colocou palavras firmes em favor das pautas responsáveis por sua eleição.
“Quem não aceitar as minhas bandeiras: Deus, armamento, família, liberdade econômica…
Quem não seguir essas bandeiras está no governo errado!”
Jair Bolsonaro (em reunião com ministros e equipe do governo)
Tal citação representa bem o tom visualizado na reunião, que também foi marcada por cobranças públicas contra o então ministro da justiça, em especial pela omissão diante das arbitrariedades cometidas por prefeitos e governadores, que mobilizaram o aparato estatal para violentar cidadãos honestos que precisam sair de suas residências, estando inclusos idosos e mulheres.
Os brasileiros também vibraram com falas dos ministros: Paulo Guedes reafirmou sua intenção de privatizar o Banco do Brasil; Damares denunciou violações dos governos estaduais e municipais e Weintraub proferiu um discurso preciso contra ministros do STF e classe política. Uma reunião de pessoas comuns, sem maquiagem, claramente empenhadas em mudar os rumos do país.
Quanto ao conteúdo objeto da acusação se percebeu uma grande decepção por parte da esquerda, que aguardava provas contundentes contra Jair Bolsonaro. Até mesmo Cynara Menezes, a Socialista Morena, relatou que não encontrou qualquer comprovação no vídeo e que “quem pensava que Moro era o profissional e Bolsonaro o amador, errou. É o contrário.”
Kennedy Alencar, jornalista esquerdista da CBN, disse que “Moro estava intimidado. Tem de forçar muito a barra para ver no vídeo da reunião ministerial a ameaça que Moro diz ter sofrido na reunião.”
A ausência de prova contra o governante brasileiro e a repercussão positiva do vídeo ecoaram na economia: o dólar caiu para R$ 5,53, enquanto a Ibovespa fechou em alta de 1,30%.
Em suma, o ato despótico de Celso de Mello apenas inflamou a base de apoio de Bolsonaro, contente com a postura aguerrida de seu mandatário, e frustrou os planos da esquerda, que já arquitetava um impeachment. A visão de que a gravação representaria um dano à imagem do presidente é, acima de tudo, uma demonstração de completa alienação quanto aos anseios da sociedade, que abomina o politicamente correto e vislumbra mudanças reais na política. Tudo o que Moro e Mello conseguiram produzir foi um vasto material de campanha para 2022.
“Acreditavam mesmo que essa gravação representaria danos à imagem do presidente. Completo descolamento da realidade. Não conhecem minimamente o brasileiro médio…” – comentário do site no Instagram.
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