Em entrevista à Folha, Dilma Rousseff confirmou a informação. Bastante frustrada, a ex-presidente colocou a culpa num acordão entre o ex-deputado e as empresas de comunicação.
Dilma afirmou, sem provas, que o acordo envolvia uma “isenção” da mídia no tocante à sua candidatura ao cargo. Em troca, Cunha impediria a tramitação de qualquer projeto que tratasse sobre regulação ou violação da liberdade de expressão.
Eduardo Cunha rebateu: “A única parte verdadeira da nota é que sempre fui contra o projeto do PT de regulação da mídia. Eu, realmente, jamais pautaria, como presidente da Câmara, um projeto dessa natureza.”
O “príncipe suíço” está com a razão. Ninguém apanhou mais da Globo do que ele no período, e ainda assim se reservou à defesa dos pilares da liberdade de imprensa.
Passados alguns anos da última tentativa, a guerra contra Lula permanece. Inspirado em países como Cuba e Venezuela, ele tem a regulação da mídia como o seu maior sonho. Vale sempre ficar de olhos bem abertos.