Há décadas presente no Brasil, a guerra cultural é tratada, muitas vezes, como uma teoria da conspiração elaborada pelos conservadores, todavia é facilmente observável nos ambientes educacionais e artísticos brasileiros, em que os preceitos progressistas são violentamente imputados.
O governo Bolsonaro possui a guerra cultural como pauta prioritária, e entende que toda a deterioração na cultura promovida pelo PT e pela esquerda no geral necessita de uma grande revitalização, sendo até mais importante que medidas políticas e econômicas.
Tendo isso em vista, o presidente decidiu empossar o dramaturgo Roberto Alvim, que logo convocou os conservadores pelas redes sociais a “criar uma máquina de guerra cultural”.
“Não fui eu que inventei a guerra cultural – ela é perpetrada de modo brutal pela esquerda há pelo menos 30 anos no Brasil. Todo artista que não se alinha com a esquerda é boicotado, difamado e impedido de trabalhar – como aconteceu comigo.
Vou revitalizar a rede federal de teatros, estimulando a criação de companhias de repertório clássico, assim como a escritura de obras contemporâneas que tenham como referência a complexidade técnica e a profundidade de visão das obras de Shakespeare, Nelson Rodrigues, Ésquilo, Strindberg, Ibsen.“
Roberto Alvim, diretor da Fundação Nacional de Artes
Conforme a declaração concedida, percebe-se que há um contra-ataque na guerra cultural, após anos de uma direita inerte. A eleição de Bolsonaro foi uma vitória de todos os conservadores, que agora possuem fortes meios de retribuir a ofensiva perpetrada há décadas pela esquerda. Como mencionou Alvim, “trata-se de uma luta similar às Cruzadas. Assim como os guerreiros cristãos do passado, estamos combatendo em prol de nossa civilização judaico-cristã, e contra a sua destruição pelas forças progressistas.”