A expectativa na sucessão ao cargo de PGR

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A disputa pelo comando da Procuradoria-Geral da República instaurou-se nos últimos meses, com um número recorde de pré-candidatos. Sem dúvidas, a recondução de Raquel Dodge na chefia do Ministério Público Federal é considerada improvável, haja vista que não houve nenhum ímpeto, durante o curso de sua gestão, ao sucesso do discurso contrário à corrupção e em favor da Operação Lava-Jato.

O cargo de procurador-geral da República é escolha, em última instância, do Presidente da República, que escolherá a partir da lista tríplice – formada por meio de uma eleição interna no Ministério Público Federal – o novo responsável por conduzir a PGR. Jair Bolsonaro, porém, não se comprometeu a seguir sua escolha com base na lista, sinalizando, assim, a possibilidade de uma indicação presidencial direta ao cargo.

Espera-se, diferentemente da atual gestão, que o novo procurador-geral da República seja sincronizado com os membros do Ministério Público Federal, bem como represente, mediante o exercício de sua função, a prevalência da justiça em detrimento das práticas reiteradas de corrupção no sistema público. Além disso, a expectativa do povo brasileiro é de alguém com posições compatíveis à Operação Lava-Jato, responsável por reacender o sentimento de legalidade por parte da sociedade.

Certamente, um dos nomes, dentre os que figuram como pré-candidatos à sucessão na PGR, mais alinhados com esse perfil é o de Lauro Pinto Cardoso, procurador regional da República e oriundo da Academia Militar das Agulhas Negras – assim como o presidente Jair Bolsonaro. Lauro Cardoso exerceu um dos postos mais importantes do Ministério Público, o de Secretário-Geral do MPU, o que implica na sua harmonia com os membros da instituição. Combateu, ao longo de sua carreira, diversos crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro, além de ter sido um dos procuradores que declararam apoio à nomeação de Sérgio Moro como Ministro da Justiça.

Nesse esteio, aguardemos que a futura nomeação do PGR represente um Ministério Público Federal sincronizado e fortalecido no combate à corrupção e ao crime organizado, respaldando, sobretudo, a Operação Lava-Jato. É dessa forma que o país terá uma imensurável força aliada na sua ópera antagonista dos inúmeros descasos que assolaram a República.


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