O atual ministro-chefe da Secretaria de Governo do presidente Jair Bolsonaro está fazendo hora extra. Convidado para substituir Santos Cruz, o também general está realizando um papel desastroso em todos os sentidos possíveis, e infelizmente goza de muito prestígio no Planalto.
Encarregado da função de auxiliar no relacionamento e articulação do presidente com os demais poderes, Ramos tem chamado a atenção pela sua ausência de compromisso com ideais conservadores, sempre fornecendo conselhos incorretos e buscando sabotar ministros que não possuem a aceitação do establishment.
Por mais que seja importante a interlocução com o Congresso e o Poder Judiciário, é perigosíssimo ter alguém de seu perfil ocupando um cargo tão estratégico dentro do governo.
O General Santos Cruz, exonerado por infidelidade, fornecia declarações que tornavam evidente o seu propósito nocivo. Ramos, por outro lado, consegue ser mais discreto e atua nas sombras.
Carlos Bolsonaro, outrora principal estrategista político do governo, teve a sua atuação enfraquecida. Paulo Guedes, ministro da Economia, é outro que se incomoda com o perfil de Luiz Eduardo Ramos.
Está mais do que na hora do presidente rever o seu conceito e efetuar a troca.