O covid e a máquina de desinformação chinesa

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O ano de 2020 apresentou-se de forma singular devido à pandemia do Coronavírus, às consequentes quarentenas e à agitação social que tomou conta do mundo. Estes eventos, certamente, serão estudados nos séculos vindouros. Serão analisados tanto como um problema de saúde pública quanto como um experimento de manipulação social em grande escala. Tudo isso trouxe à tona uma crescente descrença no cientificismo moderno que, muitas vezes, é visto como um oráculo infalível da verdade e da moral, suplantando outras visões de mundo, como a filosofia clássica ou a religião.

Contudo, um aspecto merece destaque neste estudo: as informações inicialmente fornecidas por uma ditadura, no caso a China, sobre questões de interesse global.

Transparência Duvidosa: A Epidemia de SARS e o Precedente na China

A origem do Coronavírus em 2019 deu-se na China, com uma nova cepa não familiar aos epidemiologistas ocidentais. Isso fez com que as primeiras informações viessem daquele país. No entanto, quão confiáveis eram esses dados? Não seria prudente uma pressão internacional por maior transparência, como solicitar as primeiras amostras do vírus para análises independentes, livres de interferência do Partido Comunista Chinês?

O “Livro dos 9 Comentários sobre o Partido Comunista Chinês”, do Epoch Times, revela preocupações semelhantes a respeito da epidemia de SARS em 2003. Na época, muitos suspeitavam que a China ocultava informações importantes, algo que o governo chinês demorou a admitir. Este comportamento levanta dúvidas quanto à veracidade dos dados fornecidos durante a atual pandemia.

“Quando a SARS estourou na China Continental em 2003, o mundo aí fora suspeitou que a China tivesse escondido informações sobre a epidemia, embora o PCC repetidamente recusasse a aceitá-la. Para descobrir se a China tinha sido verdadeira nas notícias sobre a SARS, o autor do artigo leu todos os 400 outros artigos sobre a SARS que foram noticiados no website de Xinhua desde o começo de abril de 2003.

Especialistas deram a liberação [depois de 20 dias de demora] para a província de Guangdong para inspeção local. Esses 400 mais artigos deram ao autor a impressão de que o PCC tinha sido transparente durante esses quatro meses, tinha agido com responsabilidade para proteger a saúde das pessoas e tinha convencido as pessoas que o PCC não havia escondido nada.

Entretanto, em 20 de abril de 2003, o Serviço de Informação do Conselho Estadual anunciou em sua conferência de imprensa que a SARS havia na verdade estourado na China e então indiretamente admitiu que o governo estava escondendo a epidemia. Somente então esse autor viu a verdade e entendeu os métodos enganosos e baixos usados pelo PCC, os quais também “avançaram com o tempo.”


9 Comentários sobre o partido comunista chinês, página 125

Em 2003, o caso da epidemia da SARS evidenciou como a China já havia ocultado informações cruciais, possivelmente para obter vantagens estratégicas. Na época, muitos usuários nas redes sociais expressaram ceticismo em relação aos números oficiais de infecções e mortes divulgados pelo governo chinês. Isso está alinhado com o comportamento notado anteriormente, consistindo na manipulação de dados para projetar uma imagem de força e controle.

Porém, indícios sugerem que essa prática de desinformação vai além de apenas consolidar a imagem de uma China forte. Era um esforço deliberado para influenciar a narrativa global, impondo um modelo de controle autoritário que outras nações, seduzidas pelo poder econômico e geopolítico da China, poderiam considerar. Assim, a estratégia de manipulação de informações visava não apenas afirmar a competência da China, mas também exportar seu modelo de governança, afetando a política internacional de saúde e segurança.

Dezembro de 2019

Imagens alarmantes de corpos e hospitais lotados na China circularam pelo mundo, ajudando a criar um pânico global. A reação predominantemente histriônica seguiu o exemplo chinês. Influenciadores e especialistas, como o biólogo e youtuber Átila Iamarino, endossaram publicamente que o mundo deveria seguir o modelo chinês para evitar milhões de mortes.

A pequena China Italiana

Logo após a China, a Itália tornou-se o novo epicentro da pandemia. Imagens impressionantes de caminhões militares transportando corpos e caixões abarrotados chocaram a opinião pública. Havia pressão constante para que outros países adotassem as mesmas estratégias autoritárias implementadas na Itália — medidas importadas diretamente da China.

É pertinente perguntar: qual a ligação entre a China e esses eventos? As áreas severamente atingidas na Itália, a “pequena China”, são regiões com forte presença de imigrantes e empresas chinesas. O Partido Comunista Chinês exerce grande influência econômica e política nessas regiões.

Manipulando a América: o manual comunista chinês | Relatório Detalhado | NTD – Legendado PT

O Papel da OMS na Disseminação de Informação

Thedros Adhanom, diretor geral da OMS

Tanto durante a SARS em 2003 quanto na pandemia de COVID-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) desempenhou um papel crucial, mas controverso. Desprovidas de evidência sólida, algumas de suas declarações contribuíram para confundir e atrasar respostas efetivas a nível global. A eleição dos líderes da organização por países susceptíveis à pressão econômica chinesa levanta questões sobre a imparcialidade das suas diretrizes.

Conclusão

Neste texto, busquei elucidar como a desinformação e a manipulação de dados por parte do Partido Comunista Chinês impactaram a resposta global à pandemia do Coronavírus. A tática de divulgar informações enganosas, amplificadas por autoridades respeitáveis, resultou em uma guerra política maniqueísta. Quem seguisse o modelo chinês era visto como defensor do bem comum; quem questionasse era tachado de genocida.

Em um momento em que os EUA lideravam na guerra comercial, a China encontrou uma oportunidade para exportar seu modelo de controle, ao mesmo tempo em que buscava limpar sua imagem e subverter economias rivais, aproveitando-se do caos global. Como Mao Tsé-Tung uma vez afirmou, “depois do caos o mundo encontra a paz, mas o caos precisará acontecer novamente”. Este insight permanece relevante hoje, ainda mais no contexto geopolítico atual.


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