Luiz, O Visitante: “Estou sofrendo censura e boicote do YouTube”

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Luiz, O Visitante, é um rapper brasileiro, notabilizado por ser o primeiro a defender posições conservadoras dentro do gênero que é, historicamente, dominado pela esquerda. Diversos de seus hits tiveram elevado destaque, tendo sido compartilhados até pela família Bolsonaro.

O Mundo Conservador entrou em contato com ele e lhe fez alguns questionamentos: 

Você se denomina conservador? Como é defender essa posição no rap, um gênero predominantemente povoado pela esquerda? O que faz para lidar com essa hegemonia?

Uns me definem como conservador, outros como apenas antiprogressista, essa discussão existe pelo fato de eu ser contra tratar alguém de forma privilégiada ou mais assistida em razão de seu sexo. Eu acredito que sou conservador. E como predominantemente meu público é conservador e minhas músicas defendem muita das pautas conservadoras, posso dizer que me sinto como uma ovelha negra, que o rap nacional inteiro odeia e tenta boicotar. E o que faço pra lidar? Ignoro. Minha causa e minhas metas são mais importante do que eles acham de mim.


Após a popularização de hits emplacados por você, percebe uma maior recepção do conservadorismo no meio?

Após algumas músicas minhas se popularizarem, muita coisa mudou, eu deixei de ser só um. Vários rappers de direita surgiram, e vários artistas de outros gêneros musicais que se definiam como direita também surgiram. Vejam o El Veneco, o finado MC Reaça. Eles surgiram nesse embalo.


Você é apontado como o idealizador do “destra rap”. Fale um pouco sobre esse subgênero do rap nacional.

Quem deu esse nome foram os fãs. Uns começaram a chamar de rap “destra” nas páginas e comentários no YouTube, e depois vi que as pessoas enxergavam como um novo subgênero. Então, não foi algo que pensei, apesar de ter sido o primeiro. Foi algo que surgiu naturalmente. Então chamamos de Destra Rap todos os raps pautados na direita. Hoje é um subgênero.


Quais são os próximos passos da sua carreira? Há algum álbum ou hit sendo produzido?

Eu, apesar de me sentir realizado e com sensação de dever cumprido, sei que posso fazer mais pela direita, e sei que a direita precisa. Mas estou sofrendo censura e boicote do YouTube, assim como meu amigo Nando Moura, o que me desestimulou um pouco. Estou estudando uma estratégia de voltar sem estar dependendo do YouTube. Tenho apostado no Spotify. E sim, tenho vários singles gravados e para gravar, que irei soltar um por um. Vou criar um álbum físico depois. Músicas com Coy, PapaMike, Lukaz M.O. Só gente boa.


Você foi um dos grandes apoiadores da eleição do presidente Jair Bolsonaro, um legítimo conservador. Como enxerga o seu governo nos primeiros 8 meses? Se arrepende do apoio concedido?

Sim, apoiei essa campanha desde 2009, desde o Orkut, e me mantenho fiel a ele até aqui. Até agora só tenho coisas boas para dizer em relação a conduta do Jair Bolsonaro. Foram muitos passos dado para frente e em pouco tempo. Discordei da reforma previdenciária em alguns pontos, como homem se aposentar mais tarde que mulher, e acredito que ele deve, gradualmente, acabar com leis que privilegiam determinado gênero em detrimento a outro. O feminismo e o ginocentrismo ainda estão muito enraizados. E não, não me arrependo do apoio concedido.

Agradecemos a Luiz, O Visitante, pela disponibilidade e cordialidade no tratamento das questões.

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