Tulsi Gabbard e a desconstrução da agenda progressista no Partido Democrata

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Vocês conseguem imaginar uma candidata do Partido Democrata contrária ao aborto, ao casamento gay e que se oponha às intervenções militares dos EUA em outros países?

Em tempos onde o protagonismo feminino na esquerda americana é encabeçado por Alexandria Ocasio-Cortez, Elizabeth Warren, Hillary Clinton, Kamala Harris e outras justiceiras sociais, fica difícil pensar em uma figura que não reze a cartilha feminista e do multiculturalismo identitário dentro do partido de George Soros.

Pois a jovem havaiana Tulsi Gabbard quebra todos esses paradigmas da atual agenda globalista. E a desconstrução do estereótipo não para por aí. Tulsi Gabbard, de apenas 38 anos, é veterana de guerra e serviu o exército americano durante a ocupação do Iraque, de 2004 a 2005. Hoje em dia, além de representante do Havaí em Washington, ela ocupa a posição de major da guarda militar do seu estado.

Nesta semana, a jovem congressista anunciou, em entrevista ao comentarista Van Jones, da CNN, sua intenção de concorrer à presidência dos EUA em 2020.

Sua participação no pleito de 2016 já havia sido notícia à época, quando Gabbard endossou a candidatura de Bernie Sanders logo após ter desligado-se do Comitê Nacional do Partido Democrata. Naquela ocasião, até mesmo Steve Bannon – famoso estrategista da direita americana – a procurou para pedir apoio ao nome de Donald Trump.

Justamente por não rezar a cartilha do progressismo, Tulsi Gabbard passou a ser alvo de ataques da extrema-esquerda americana. O casal Clinton – com a companhia de Bernie Sanders – está chateado por Tulsi estar pisando em seu território. O clã já iniciou o assassinato de reputação em direção a Gabbard, retratando-a como fascista, racista e homofóbica em sua primeira semana de campanha.

Os pecados de Tulsi também são: compartilhar de uma visão de política externa muito semelhante à Mão de Paz de Trump (menos interferência em outros países, mais bilateralismo comercial e saída de acordos multilaterais); e ter tido a coragem de denunciar a corrupção dentro do Partido Democrata em 2016.

Como ninguém é perfeito, Tulsi Gabbard – apesar de inteligente e destemida – defende políticas públicas fracassadas, a exemplo do aumento do salário mínimo e de concessões exageradas ao protecionismo ambiental. Sua visita ao ditador sírio Bashar al-Assad, em 2017, também causou impacto negativo em sua imagem. Embora tenha mudado de opinião no tocante ao casamento gay e ao aborto, Gabbard ainda é mal vista pela esquerda por não defender abertamente essas bandeiras.

A propósito, na corrida presidencial de 2020, Tulsi Gabbard terá um problema ainda maior do que a sua falta de experiência – o fato de não possuir uma base eleitoral consolidada. Os democratas acham que ela é conservadora demais; os conservadores acham que ela está no partido errado; e quase todo mundo considera sua aproximação com o ditador sírio Bashar al-Assad algo perturbador.

Mesmo tendo treinamento militar, é preciso esperar para ver se a congressista do Havaí resistirá ao tempo e aos ataques vindos da própria esquerda contra a sua candidatura.


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