Paridade de armas? Esse conceito não existiu nas eleições presidenciais de 2022. Falar em conspiração do sistema não é apenas lançar frases de efeito. É constatar que tudo foi feito para que um candidato fosse o vencedor.
Lula foi preso em 2016 por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Provas incontestáveis foram apresentadas, incluindo testemunhas e documentos escritos. Mesmo assim, uma manobra jurídica foi realizada para que ele fosse descondenado e concorresse. Ministros de um certo tribunal visualizavam que era o único capaz de fazer frente a Bolsonaro.
Além dessa candidatura ilegítima, o sistema criou uma forte articulação para manipular a disputa:
1- Perseguiu implacavelmente empresários bolsonaristas e utilizou prints de WhatsApp como embasamento. Tal fato inibiu esses e incontáveis outros doadores para a campanha.
2- Censurou diversos apoiadores do atual presidente antes e durante o período eleitoral, sem qualquer justificativa válida, enquanto André Janones e outros produtores de fake news permaneciam livres.
3- Interferiu em diversos programas eleitorais do presidente. Gravações reais do ex-presidiário eram barradas, enquanto a campanha dele veiculava falsamente que Bolsonaro acabaria com o salário mínimo e demais direitos trabalhistas.
4- Pesquisas nitidamente forjadas, alardeadas constantemente em órgãos da grande mídia, eram tratadas como verdades incontestáveis, desestimulando eleitores. O CADE abriu investigação, mas foi desautorizado pelo ministro Xandão.
5- Relatório referendado por duas auditorias constatou que centenas de milhares de inserções nas rádios deixaram de ser publicadas, prejudicando a campanha do presidente nos interiores do Nordeste. Nenhuma investigação foi aberta.
Não possuo competência técnica para avaliar a segurança do sistema em si, todavia esses e muito outros itens podem ser elencados para atestar a completa falta de isonomia. Por isso, diversos brasileiros estão indignados. Sentem que houve injustiça. Sentem que foram roubados. Os próximos anos serão nada tranquilos.