Situação caótica na Argentina reforça que Bolsonaro sempre esteve com a razão

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Sir Roger Scruton (1944-2020), filósofo e escritor conservador, disse certa vez: “Nós, os conservadores, somos chatos. Mas também estamos certos.” Não é uma frase cheia de pompa, porém extremamente realista. Corrobora com a fala de Jesus Cristo: “E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará” (João 8.32). Apenas a verdade, por mais incômoda que seja, pode libertar da Matrix enganadora que cerca o indivíduo.

No que tange à política, progressistas preferem viver no “fantástico mundo de Bob” a encarar a realidade. O lado vermelho da força faz de seu eleitorado um grande teatro de marionetes, tentando convencê-los de que suas ideias levarão o povo ao paraíso político, onde tudo será perfeitamente concedido pelo “papai” Estado. Contudo, a realidade é como a morte: não há como escapar dela quando chega.

Em Agosto de 2019, a Argentina viveu as primárias de seu processo eleitoral para o Executivo. De um lado, Mauricio Macri, presidente à época, liberal eleito em 2015 pela coligação direitista Mudemos, e o primeiro não-peronista em mais de setenta anos a concluir o seu mandato. Do outro, Alberto Fernandez, que foi chefe de gabinete de Nestor Kirchner e, depois, de Christina, filiado ao Partido Peronista e criador da think tank de esquerda Grupo Calafate. O resultado: Fernández teve 47% dos votos nas prévias de domingo, contra 32% de Maurício Macri.

Este resultado preocupou o presidente Jair Bolsonaro. Ao se encontrar com apoiadores na entrada do Palácio do Planalto um dia após as primárias argentinas, ele comentou:

“Povo gaúcho, se essa esquerdalha voltar aqui na Argentina, nós poderemos ter, sim, no Rio Grande do Sul, um novo Estado de Roraima, e não queremos isto, irmãos argentinos fugindo para cá, tendo em vista o que de ruim parece que deve se concretizar por lá caso essas eleições realizadas ontem se confirmem agora no mês de outubro.”

Infelizmente, a esquerda foi eleita: Com 95,31% das urnas apuradas, Fernández registrava 47,99% dos votos, contra 40,48% de Mauricio Macri. À época, Bolsonaro disse: Vamos esperar o tempo para ver qual é a real posição dele na política. Porque ele vai assumir, vai tomar pé do que está acontecendo e vamos ver qual linha ele vai adotar.”

Em 2020 o mundo enfrentou a pandemia de COVID-19, e várias medidas foram adotadas pelos governos locais. O presidente Bolsonaro sempre me manteve contra lockdown nacional, visando proteger a economia do país. Porém, esta não foi a postura de Fernandez na sua gestão. Decretou a “quarenterna” (a maior quarentena do mundo, 166 dias) e foi elogiado pelos esquerdistas brasileiros por tal postura, já que no Brasil o presidente Bolsonaro havia deixado claro que queria cuidar da saúde dos brasileiros sem destruir a economia. As postagens nas redes sociais brasileiras (progressistas, é claro) eram uníssonas: “Como é bom ter um presidente”, mantra repetido desde adolescentes “netos” de Paulo Freire a artistas “viúvos” da fortuna da lei Rouanet.

Mas não demorou muito para que a “profecia” de Jair Bolsonaro se concretizasse: com uma “quarenterna” que impossibilitava o povo argentino de ter o mínimo para sobreviver, muitos hermanos deixaram sua pátria e vieram para a terra de Santa Cruz. E além disso, várias empresas deixaram de operar no país devido a medidas tomadas pelo governo que paralisaram, a economia. A onda migratória foi impulsionada por maiores impostos e propostas de mais aumentos, divisão política crescente e agravamento da pobreza.  A Argentina enfrentou inflação de 41% em Outubro de 2020, controles cambiais cada vez mais rígidos, colapso do PIB e títulos que apontavam para uma alta probabilidade de default poucas semanas depois que o país saiu do último.

“Fecharam mais de 90.000 comércios em 2020, a pobreza alcançou 45,3% da população e 62,9% das crianças”, explicou Maria Laura, jornalista brasileira residente na Argentina, em entrevista ao Jornal da Cidade Online.

Em 2022, a Argentina vive uma crise como nunca antes vista: em Março, o índice de inflação foi de 6,7%, o segundo mais alto do mundo, atrás apenas da Rússia em guerra (7,6%). Em Abril, foram os juros que fizeram os argentinos chorar: o Banco Central os elevou pela quarta vez e a taxa anual chegou a 47%, um recorde planetário. A inflação anual bateu em 55,1% e o mercado calcula que, ao fim deste 16º ano consecutivo de taxa na casa dos dois dígitos, ela dispare para 65%, o maior índice desde 1991.

Vamos relembrar a fala do presidente Bolsonaro sobre a situação da Argentina?

“A Argentina está mergulhando no caos, a Argentina começa a trilhar o rumo da Venezuela, porque nas primárias bandidos de esquerda começaram a voltar ao poder.”

Agora, vamos a um trecho da matéria da revista Veja, publicada em 09 de Maio:

“Imerso no seu dramático tango político-financeiro, o país está perto de tomar o lugar da Venezuela de pior performance na América Latina.”

Acaso teria o presidente Bolsonaro uma bola de cristal? Seria ele o novo Walter Mercado? Óbvio que não! Não é preciso ser vidente sequer onisciente para saber que, onde quer que um governo virado à esquerda assuma, ali haverá caos e destruição.

Bolsonaro alertou sobre os danos da política indiscriminada do “Fique em casa, a economia a gente vê depois”, porém governadores e prefeitos não deram ouvidos. Elogiaram a ditadura argentina que trancafiou seus cidadãos em casa com a desculpa de conter o vírus e criticaram o presidente brasileiro que tinha como único desejo não ver o país afundar em um profundo caos econômico. E agora podemos ver o resultado das duas políticas e qual delas trouxe pior resultado.

Os hermanos, infelizmente, estão penando com as consequências do lockdown e com as próprias ações econômicas comuns aos governos de esquerda, como Lula quer implementar em nosso país. Parafraseando Scruton: Bolsonaro pode até ser chato, mas estava certo.


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