Proximidade da Páscoa faz com que Folha de S. Paulo mostre as suas garras e ataque a fé cristã

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Estamos em mais uma Semana Santa. Este é um período em que cristãos procuram refletir sobre o martírio de Cristo e como sua morte nos trouxe vida. São dias em que desaceleramos, nos dedicamos à oração, às leituras espirituais, às músicas que nos fazem refletir acerca do sacrifício de Nosso Senhor.

Porém, a militância – que, como na parábola do juiz iníquo (Lucas 18), não teme a Deus nem respeita homem algum – se utiliza deste período para escarnecer da Fé cristã e do nome de Jesus. E a imprensa, eterna parceira destes grupelhos ideológicos, sempre abre espaço para propagar estas blasfêmias.

O jornal Folha de São Paulo publicou um extenso intitulado “Jesus sofreu abuso sexual antes de ser crucificado, afirma teólogo”. Nele, reproduz a ideia de que Jesus sofreu abuso sexual por ter sido exposto em sua nudez e relaciona isso com regimes militares que ocorreram na América Latina nos anos 60.

O nome do dito teólogo é David Tombs. Em uma rápida busca, eis o que encontro:

“David Tombs é um teólogo leigo anglicano e titular da cátedra Howard Paterson de Teologia e Questões Públicas, na Universidade de Otago, Aotearoa Nova Zelândia. Ele tem um interesse de longa data em teologias contextuais e da libertação e sua aplicação a questões sociais. Ele é originalmente do Reino Unido e trabalhou anteriormente na Universidade de Roehampton em Londres (1992-2001), e depois em Belfast, Irlanda do Norte, para a Irish School of Ecumenics, Trinity College Dublin (2001-2014).”

Teólogo leigo com interesse em longa data em TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO, que frequentou uma ESCOLA ECUMÊNICA.

Em 1999, ele publicou um estudo denominado “Crucifixion, state terror and sexual abuse“, onde compara os martírios de Cristo com a “perseguição política” ocorrida nos anos 60 na América Latina, especialmente no Brasil. Eis um trecho:

“Uma área na qual acredito que as semelhanças compartilhadas entre contextos passados e presentes podem ser investigadas de forma mais útil é a arena política do terror estatal e o uso da tortura para este fim. Para ilustrar isto, sugiro que a compreensão de como os regimes recentes da América Latina usaram o terror para criar medo e promover o fatalismo fornece um contexto para reconhecer a crucificação de Jesus em termos semelhantes ao terror estatal. Além disso, o uso do terror sexual, a humilhação e a violência na tortura latino-americana levanta questões sobre se Jesus também sofreu abuso sexual.
À luz da América Latina práticas de tortura, argumentarei que os relatos do Evangelho indicam um nível de humilhação sexual pública no tratamento de Jesus, e que mesmo isto pode não revelar o horror total da tortura de Jesus antes de sua morte.”

Em entrevista à USP, o “teólogo” disserta:

“São dois aspectos: o primeiro é o que o texto realmente fala. Vejo a nudez forçada de Cristo como uma forma de violência sexual, o que justifica chamá-lo de vítima de abuso sexual. Embora muitas pessoas tenham dificuldade de chamar a nudez forçada de violência sexual, tendo a crer que elas estão sendo desnecessariamente resistentes ao que o texto afirma.”

Se analisarmos o que o texto realmente fala, como o próprio Tombs propõe, veremos que Cristo não sofreu violência sexual. Não se deve fazer Teologia no silêncio das escrituras! Tentar fazer uma exegese, enxergando o que não está presente no texto, é forçar uma interpretação que violenta os manuscritos originais e blasfema contra o nome do Filho de Deus.

E relacionar o martírio de Cristo à revoltas políticas provocadas por grupelhos esquerdistas é, no mínimo, não ter o devido respeito com a figura do Altíssimo. Embora nenhum tipo de violência seja justificada, o Senhor Jesus sofreu para que as Escrituras se cumprissem:

Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.
Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido.
E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca.
Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.
Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si.
Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.” (Isaías 53:4-12
)

Já os militantes vermelhos que “sofreram” fazem questão de esconder o real motivo: queriam implementar a ditadura do proletariado, como está descrito na obra “Manifesto Comunista”, de Marx e Engels:

...primeiro passo na revolução operária é a elevação do proletariado a classe dominante, a conquista da democracia pela luta. O proletariado usará a sua dominação política para arrancar a pouco e pouco todo o capital à burguesia, para centralizar todos os instrumentos de produção na mão do Estado, i. é, do proletariado organizado como classe dominante, e para multiplicar o mais rapidamente possível a massa das forças de produção.”

Além disso, outro dos diversos objetivos é, além de centralizar os meios de produção, é destruir as tradições. E isto está no próprio manifesto:

“A revolução comunista é a ruptura mais radical com as relações de propriedade legadas; não admira que no curso do seu desenvolvimento se rompa da maneira mais radical com as ideias legadas.”

Colocar em equidade o sofrimento de Cristo – que serviu para salvar o homem de seus pecados – como “sofrimento” de um grupelho que ainda deseja acabar com a propriedade privada, tradições e valores, é colocar-se como anticristo; é cuspir na cruz em que Ele foi sacrificado; expô-lo à ignominia novamente. É ser anátema.


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