A pornografia, disponibilizada em larga escala após a difusão da internet, tornou-se um dos maiores vícios do mundo moderno. É fato comprovado que, ao acessar tais conteúdos, uma série de consequências neuroquímicas e comportamentais afetam diretamente o consumidor e, de forma reflexa, as suas relações interpessoais. Diante desse fato, muitos países começaram a atuar no campo legislativo e judiciário para coibir esse rápido e amplo acesso.
O Nepal, após um número crescente de casos ocorridos de estrupo, decidiu proibir a pornografia no país. Em 2018, o governo estabeleceu multa aos provedores de internet que não cumprissem com a regulamentação estabelecida. Ainda, essa proibição é fortemente presente no Oriente Médio e no Norte da África, países nos quais há, também, restrições severas em outras áreas.
O Reino Unido adotou uma série de medidas restritivas em relação ao acesso à pornografia, uma das quais é que os indivíduos se identifiquem, por meio de documentos pessoais, antes de entrar nos sites desejados. A medida adotada recebeu inúmeras críticas, haja vista que a identificação pessoal dos consumidores estaria nas mãos dos provedores que, a qualquer momento, podem ser vítimas de ataques hackers, por exemplo, colocando em risco à privacidade dos dados dos usuários.
O atual presidente dos EUA assinou um documento com uma organização sem fins lucrativos chamada Enough is Enough (EiE), com o intuito de proibir a exploração sexual on-line de crianças e adolescentes e, além disso, com a possibilidade de estabelecer uma Comissão Presidencial para examinar quais são os impactos do consumo desse material nos jovens, famílias e cultura norte-americana.
Não obstante a pornografia seja, de fato, um atentado contra as faculdades psíquicas e sociais de uma pessoa, a atuação estatal é a última instância por meio da qual o problema deva ser resolvido. A política adotada por Trump, trazendo à tona novamente, visava, prioritariamente, banir os provedores que consentiam com a pornografia infantil, isto é, um crime que deve ser combatido por vias judicias. Não houve uma proibição nessa atuação.
Por outro lado, em relação aos demais casos abordados, dessume-se que o combate cultural, por meio de discussões e campos de apoio, são medidas mais eficazes. O cuidado dos pais e o acompanhamento religioso, por exemplo, trazem resultados concretos. Em suma, como foi dito nos Stories do Mundo Conservador (ainda passíveis de visualização), apoiar essa regulamentação é um precedente para, posteriormente, haver uma censura em outros setores da internet.
Portanto, é tarefa dos conservadores atuar fora do campo estatal, com o fim de erradicar esse mal e, ainda, não fornecer brechas para a censura da internet, desejo latente dos progressistas e demais inimigos da civilização.