Primeiro-ministro do Reino Unido declara que a liberdade está de volta

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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, decretou o fim da exigência do passaporte sanitário e do uso de máscaras. O anúncio ocorreu na última quarta-feira, exatamente há uma semana.

A declaração do retorno da liberdade fez líderes empresariais se animarem com a volta do trabalho presencial de seus funcionários. A diretora da Câmara de Comercio, Shevaun Haviland, disse:

“A notícia do fim do trabalho a partir de casa será bem recebida pelas empresas, particularmente aquelas sediadas nos centros das cidades e das cidades que dependem da presença dos trabalhadores de escritório. A remoção da exigência de passaportes vacinais também será positiva para nossos membros no setor de eventos e economia noturna”.

Segue na mesma linha de pensamento o Ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng:

“Devemos voltar ao trabalho. Temos que voltar a um certo grau de normalidade. As pessoas que trabalham no escritório se beneficiam de estar junto com os colegas, podendo interagir diretamente com eles, e eu quero voltar à sensação de que a pandemia está se transformando em uma endemia.”

Jace Tyrrell, Chefe Executivo da New West End Company acrescentou:

“Com o apoio de compradores que retornam e do Governo, estamos confiantes de que o West End poderá alcançar £7,5 bilhões de faturamento este ano, enquanto continua no longo caminho da recuperação”.

Está claro que o Governo acertou em retornar a normalidade, sem abrir mão dos cuidados com a saúde. Johnson disse aos deputados que o governo ainda “sugerirá” às pessoas que usem máscaras faciais em certos “lugares fechados ou lotados'” mas “confiaremos no julgamento do povo britânico”.

Os números da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido registraram 108.069 novos testes positivos no dia 19, 16,6% abaixo dos 129.587 da quarta-feira anterior. Foi o décimo quarto dia em que os casos caíram semana a semana.

Porém, mesmo com empresários e ministros do Governo demostrarem entusiasmo com o retorno da liberdade, há grupos que estão se opondo: os chamados sindicatos. Eles acreditam que, com a retirada das restrições, o índice de casos de COVID-19 poderá subir de forma acelerada.

A última atualização da pesquisa de infecção pelo ONS mostra que 1 em cada 10 alunos em idade primária tem o Covid-19. Porém, a Dra. Mary Bousted, secretária-geral conjunta do Sindicato Nacional da Educação, acredita que o fim das restrições tem a ver com salvar o “emprego” do primeiro-ministro: “Ao invés de anúncios destinados a salvar o emprego de Boris Johnson, o governo deveria exercer um dever de cuidado com os alunos da nação e com o pessoal que os educa.”

A Organização Mundial da Saúde, assim como algumas publicações científicas, como a Revista The Lancet, já disseram que “a pandemia está perto do fim”, mas “a Covid-19 não”. O próprio presidente Jair Bolsonaro já havia dito, em Dezembro de 2020: “Acho que vamos ter que conviver (com o vírus) a vida toda, ele não vai embora.”. Sendo assim, não é racional manter a população com severas restrições, prejudicando a saúde mental tanto quanto a economia.

Boris Johnson decretou a liberdade, mas ainda há grupos que preferem a população presa nas algemas ideológicas.


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