Diante da disputa exasperada à Procuradoria-Geral da República, um único candidato preenche todos os requisitos imprescindíveis ao posto. Trata-se do procurador Lauro Cardoso, conservador e ex-militar das Agulhas Negras. Seguramente, além de duro no combate à corrupção, Cardoso detém conduta ilibada – sem quaisquer máculas ao seu passado. Com isso, diversos eleitores de Bolsonaro aderiram ao seu nome, visando proteger os interesses gerais da Operação Lava Jato.
Possuindo notório saber jurídico, aliado à experiência que teve como secretário-geral do MPU por duas ocasiões, Lauro Cardoso conta com o respaldo de figuras importantes no combate à corrupção, tais como Eliana Calmon, ex-ministra do STJ e eleitora declarada de Jair Bolsonaro. Paralelamente, possui ainda a necessária harmonia com os membros do Ministério Público Federal, viabilizando a sua capacidade de promover avanços significativos na instituição.
Lauro Cardoso também fez parte do grupo de procuradores que assinaram manifestos extremamente relevantes à sociedade, como o do apoio à nomeação de Sérgio Moro como Ministro da Justiça e a defesa da prisão após condenação em segunda instância. Urge, portanto, a possibilidade de ser indicado um procurador-geral conservador que defenda as pautas da Lava Jato nos momentos de crise.
Por via transversa, a indicação de um candidato com um histórico ambíguo oferecerá sérios riscos à permanência do Ministério Público Federal como instituição de defesa da sociedade, possibilitando o desvanecer da Lava Jato e colocando em demérito todos os resultados conquistados pelos procuradores, além de ensejar uma profunda crise estrutural; o que seria inaceitável à nação.
Espera-se, ante o exposto, que Jair Bolsonaro reproduza em sua indicação à PGR o mesmo anseio da sociedade que o fez ser eleito presidente da República. Lauro Cardoso é, de sobra, o candidato mais respeitável para suceder Raquel Dodge. Escolhê-lo será ratificar o recado de que a impunidade está com os dias contados.