Era para ser um domingo como qualquer outro, mas não foi. Em março de 2020, uma calorosa reportagem com Draúzio Varella no Fantástico promoveu em rede nacional a vitimização do transexual Suzy, condenado por ESTUPRAR e ESTRANGULAR um garoto de 9 anos.
Não para por aí. Em 2019, Lula já havia concedido entrevista diretamente da prisão em obra que também serviu para tentar limpar a sua barra.
Anos antes, em 2016, Fernandinho Beira-Mar, um dos maiores traficantes da história do Brasil, também concedeu entrevista que rodou o país.
O ex-prisioneiro político Filipe G. Martins, solto após 6 meses de cadeia sem qualquer acusação nas costas, dono de uma biografia exemplar e sem qualquer antecedente criminal, na última semana foi impedido judicialmente de dar entrevista para a Folha de S. Paulo.
Diante desse cenário, a conclusão é clara e perturbadora: no Brasil, o pré-requisito para ter voz é ser um criminoso contumaz.