Não é novidade que os americanos costumam influenciar direitamente a política brasileira. Nos últimos anos, tal fato ficou muito evidente nos resultados das eleições presidenciais de ambos os países e no próprio episódio do 08 de janeiro, que possui diversos elementos (e perguntas sem respostas) em comum com a invasão ao Capitólio.
Agora, preocupados com a ascensão do líder republicano, que continua mobilizando uma grande massa, autoridades do sistema buscam prendê-lo. A tentativa da vez está calcada no suposto pagamento para ocultação de um caso extraconjungal, o que não configura crime.
O ex-presidente americano, que foi acusado formalmente, afirma que é vítima de uma conspiração democrata. O que faz bastante sentido, tendo em vista a total parcialidade de Alvin Bragg no caso, um promotor conhecido por posições altamente esquerdistas.
Bolsonaro, por outro lado, está sendo emparedado pela famigerada reunião com embaixadores, em 2022. A acusação ganhou celeridade e o seu fim pode conjugar justamente com a possível prisão de Trump, o que enfraqueceria o presidente brasileiro.
É a ideia de Benedito Gonçalves, que encerrou a fase de colheita de provas e prosseguiu com o processo justamente no dia em que o ex-presidente americano foi indiciado. Não quis deixar a “maré de oportunidade“ passar.
Vale recordar que Jair Messias Bolsonaro, assim como Donald John Trump, foi vítima de uma série de censuras e obscuridades no processo eleitoral, fator importantíssimo para o resultado de qualquer pleito. Hoje, a esquerda de ambos países não esconde a tentativa de prender seus principais adversários.
Na ausência de grandes escândalos, vale utilizar qualquer fato de menor relevância para tentar trazer um verniz de legalidade.
O sistema, insatisfeito apenas com o poder, busca cessar qualquer ameaça futura ao seu domínio. Sendo assim, o êxito ou fracasso nos EUA será determinante para o futuro em terras tupiniquins.