O espírito revolucionário da esquerda engloba até saquear supermercados. Como reagiremos?

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Existem ações que são o que chamamos de “praxe”, ou seja, são habituais; um exemplo são as ações sociais de fim de ano, com doações de cestas básicas, roupas, entre outros; contudo, há uma péssima ação que está se tornando “de praxe”: a invasão de supermercados por parte da esquerda.

O Movimento Luta nos Bairros, Vilas e Favelas realizou uma ação orquestrada em 17 estados, invadindo supermercados e coagindo os responsáveis pelos estabelecimentos a entregarem cestas básicas, sob o risco de depredação do comércio. O grupo, formado basicamente por jovens uniformizados com roupas vermelhas, portando faixas, megafones e gritando palavras de ordem, tem até quem carrega bandeira com o rosto de Che Guevara, um dos assassinos mais cruéis da Américas Latina. O objetivo deste grupo parece lindo: promover a tal “justiça social”; na prática, incita o vandalismo e o furto.

Nos anos 1990, foi criado o movimento Natal Sem Fome, promovido pelo sociólogo Herbert de Souza, mais conhecido como Betinho. Herbert sempre foi envolvido em causas progressistas desde sua formação universitária em 1962, sendo inclusive citado na música “O bêbado e a equilibrista”, cantada por Elis Regina no verso: “Meu Brasil! Que sonha com a volta do irmão do Henfil…”. O sociólogo morreu em decorrência do vírus da AIDS.

O grupo Movimento Luta nos Bairros, Vilas e Favelas apropriou-se da ação para promover invasões de supermercados e exigir que os comerciantes doem alimentos. Embora todos sejam o que chamamos de “farinha do mesmo saco” (todos de esquerda), Betinho nunca promoveu depredação, invasão ou coisa do gênero, é necessário fazer esta ressalva. Logo, o que este movimento faz é manchar uma ação social que, ainda que de cunho progressista, é respeitada na sociedade brasileira.

Não é nova a ação de vandalismo deste grupo. Fundado em 1999, o movimento tem como foco principal ocupações. Em seu site está escrito que “Ocupar é um ato de rebeldia, de confronto com a ordem estabelecida, de questionamento à sagrada propriedade privada capitalista. Logo, enquanto morar dignamente for um privilégio, ocupar é um dever!”. Contudo, desde a pandemia, o grupo tem ocupado grandes redes de supermercados para exigir doações. E ai daquele proprietário que não cede à cartilha do grupellho.

O mais curioso é que os membros deste tal movimento que diz lutar pelo social e condena a chamada “burguesia” se beneficia das vantagens capitalistas. Isso porque o líder do movimento em Fortaleza possui ações na bolsa de valores. Serley Leal é proprietário de um apartamento de R$ 155 mil com 116 m² no bairro de Fátima, área nobre da capital cearense. Suas ações na Bolsa de Valores são avaliadas em R$ 10.266 e de previdência privada no valor de R$ 12.649. Só que Serley é filiado do Partido Unidade Popular, sigla da extrema esquerda que prega contra o capitalismo, propriedade privada e pede a liberação do aborto. Esquerda caviar que chama?

Outro ponto curioso é que, quem apoia os vandalismos com a desculpa esfarrapada de lutar pelo “social” são os mesmos que geralmente são eleitos pelo povo pobre, mas que governam para si próprios. Exemplo é a deputada estadual pelo Rio Grande do Norte, Isolda Dantas. A petista manifestou-se a favor das invasões através da sua conta no Twitter:

“O efeito de quatro anos de Bolsonaro deixa 124 milhões de pessoas sem o direito de comer no Natal, enquanto 27 milhões de toneladas de alimentos vão para o lixo.”

Parece que inventar números, culpar Bolsonaro e votar contra o povo é de praxe no PT.

Dona Isolda pediu urgência na tramitação de uma votação na Assembleia Legislativa, que ia elevar de 18% para 20% o percentual do ICMS praticado no Rio Grande do Norte.  Isso mesmo: urgência para aumentar imposto e fazer com que o povo mais pobre seja afetado, e assim, continuar usando o mesmo como massa de manobra. Como disse, ação de praxe da ala vermelha.

Gostaria de aproveitar para fazer uma ressalva: a direita, ainda em formação no Brasil, promove bons valores, trata da guerra cultural, da política do dia a dia, sem, contudo, apresentar ações práticas. Desde 2015, quantas ONGs foram criadas por conservadores para ajudar aos que têm fome? Quantas casas pró-vida foram fundadas? Quantas ações culturais foram realizadas em comunidades? Quantas ações práticas daquilo que difundimos na internet foram feitas? Não sabemos; e se houve, não tomamos conhecimento, pois a internet está repleta de influencers sedentos por likes, visualizações, venda de cursinhos, de livros, verborrágicos (apenas sabem fazer palestra), mas que não apresentam ações concretas.

Vou utilizar uma expressão que não agrada a muitos, mas que é necessária: precisamos fazer uma autocrítica. A esquerda se apropriou das pautas de tal maneira que, só de ouvirmos, sentimos ojeriza. Devemos parar de nos comportar desta forma. A caridade, por exemplo, não é de cunho progressista, nem tampouco conservador, mas cristão! O apóstolo Tiago escreveu: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.” (Tiago 4:17).

Se há algo de bom que existe no fim de ano é a reflexão que muitos fazem sobre o que poderiam ter realizado. Que esta seja a nossa, e que, passadas as festividades, coloquemos a mão na massa.

“Mas alguém dirá: ‘Você tem fé; eu tenho obras’. Mostre-me a sua fé sem obras, e eu mostrarei a minha fé pelas obras.” (Tiago 2.18)


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