Na última semana, a pesquisa DataFolha, considerando os votos válidos, apontou vitória para Lula no primeiro turno. Outros institutos, também credibilizados pela grande mídia, apontam resultados semelhantes. O que está acontecendo?
É natural que, diante de um cenário com pandemia e guerra na Ucrânia, com preços elevados nos mais diversos setores, parte da população não compreenda as razões e coloque a culpa no governo, já que é diariamente bombardeada por veículos como a Globo. Entretanto, o principal adversário, Lula, sequer tem coragem de dar as caras nas ruas, além de possuir um engajamento muito inferior nas redes.
Ora, é nítido que algo está errado nesse cálculo. Da mesma forma que, em 2018, os mais diversos institutos propagavam que Bolsonaro perderia para TODOS os candidatos, quando chegou muito perto de vencer no primeiro turno (sem contar as alegações de fraude). Conforme o tempo passa, os resultados dos institutos ficam mais próximos da realidade, embora os erros sejam sempre para o mesmo lado.
E qual é a importância disso? Os institutos caíram em desuso e ninguém acredita mais neles?
Negativo. Por mais que muitos conservadores tenham encontrado a verdade, ainda existe uma parcela imensa da população que leva esses índices em conta, principalmente quando não é tão assídua na internet e redes sociais. Nesse sentido, manipular a intenção de voto é uma poderosa ferramenta, de modo a desmobilizar os que fazem parte do lado supostamente perdedor e trazer consigo aqueles que estão em cima do muro e querem fazer parte do lado vencedor.
Há também a hipótese de que bolsonaristas estão recusando qualquer colaboração ao DataFolha, o que contribui para a distorção dos dados. De qualquer forma, um fato é incontestável: a realidade vista nessas pesquisas não se sustenta. Seja nas ruas ou em qualquer outro local.
Cabe aos conservadores, desse modo, demonstrarem bastante força e empenho, como foi em 2018. Conscientizar cada vez mais pessoas, mostrando a farsa dos institutos e das narrativas da grande mídia. A guerra será árdua, mas somos maioria e temos condição de vencer.