Estamos diante de eleições muito polarizadas, semelhante ao pleito americano. E como em toda corrida eleitoral, apoios de famosos sempre acontecem. Já comentamos acerca disso em artigos anteriores do Mundo Conservador.
E o maior, digamos, cabo eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, presidente e candidato à reeleição, é o jogador da seleção brasileira Neymar. O atacante já gravou vídeos para suas redes sociais e participou da Super Live em apoio a Bolsonaro, ocorrida no último fim de semana e com duração de 22 horas.
Na transmissão, Neymar explicou que Bolsonaro o apoiou em seu momento mais difícil:
“A gente nem tinha se falado, tinha se conhecido pessoalmente. E ele botou ali o peito dele na frente, a cara à frente, sendo julgado e acreditou em mim. Então, eu estou fazendo o mesmo. Eu acredito no presidente, eu acredito que ele é o cara certo para conduzir no nosso Brasil. A gente está vendo melhoria em tudo que ele tá fazendo.”
Contudo, percebo que o descondenado e candidato à presidência Lula, além de sofrer de cleptocracia também deve sentir dor de cotovelo. Na entrevista concedida ao Flow Podcast, que é comandado por Igor Coelho, o petista provocou o atleta:
“Não fico p…, o Neymar tem direito de escolher o que ele quiser para ser presidente. Eu acho que ele está com medo se eu ganhar as eleições eu vá saber o que o Bolsonaro perdoou da dívida do Imposto de Renda dele. Eu acho que é isso que ele está com medo.”
A fala do ex-presidiário deve-se ao fato de que o jogador do Paris Saint-Germain teria sonegado impostos durante os anos de 2011 e 2013, principalmente em relação aos pagamentos feitos pelo Barcelona em sua transferência do Santos. Em 2015, a Receita Federal teria apontado uma sonegação no valor de R$ 63,6 milhões. A quantia teria sido recebida pelas empresas N&N Consultoria Esportiva e Empresarial e Neymar Sports, contudo a Fazenda Nacional alegou que foi tributado de forma incorreta, uma vez que o rendimento é dele como pessoa física. Porém, em Maio de 2020, a Justiça anulou a cobrança depois que Neymar entrou com uma ação para suspender o débito até que o processo fosse julgado. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional recorreu para voltar a exigir o valor. Embora não haja informações sobre o atual estado da ação, o atacante pagou em juízo R$ 88,8 milhões.
De acordo com o advogado Bruno Coaracy, especialista em direito tributário, a decisão está correta:
“Sim, embora a decisão seja inédita, vejo como extremamente pertinente e acertada. Ressalta-se que além da liminar concedida em face do atleta, sua defesa alega ter feito o depósito integral do valor em ação de execução fiscal, sendo estas hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário conforme previsão expressa no artigo 151 do CTN (Código Tributário Nacional)”
Resumo da ópera: Bolsonaro não perdoou dívida alguma, o processo ainda segue e Lula deveria tomar um chá para sua dor de cotovelo.
Mas talvez o amigo de Daniel Ortega devesse convocar Raí para ser seu garoto-propaganda: o ex-craque do São Paulo Futebol Clube utilizou-se da premiação Bola de Ouro – a maior do segmento esportivo – para fazer o “L”, marca do candidato esquerdista. Raí esteve na premiação para receber uma homenagem póstuma a seu irmão, o ex-jogador Sócrates, falecido em 2011.
O petista não precisa esboçar ciúmes do Neymar pelo apoio dispensando a Jair Bolsonaro. Raí está aí, um excelente garoto-propaganda: bonito, possui uma perfeita dicção (diferente do Nove-Dedos, né?) e tem um sobrinho chamado Fidel. Mara, para ser um verdadeiro socialista raiz, sugiro ao colírio do Morumbi que deixe sua função no São Paulo e viva em Cuba. Quero ver a coragem para fazer o “L” em terra de ditadura.