“Eu serei o mais direto possível com vocês. Eu acho que sou a pessoa mais qualificada do país para ser presidente”
A declaração categórica acima foi dada em dezembro do ano passado por Joe Biden, vice-presidente dos EUA entre 2009 e 2016, durante divulgação do seu livro na Universidade de Montana.
Passados cinco meses desde então, o democrata confirmou o que era mera pretensão de concorrer à presidência dos EUA e sua candidatura foi anunciada.
Quem acompanhou as especulações para a corrida presidencial de 2016 vai lembrar que a intenção de Biden era concorrer à presidência já naquele ano. Contudo, foi pego de surpresa com a morte do seu filho mais velho, vítima de câncer cerebral, meses antes.
Nas prévias de 1988, Joe Biden já havia colocado seu nome à disposição do Partido Democrata, tendo sido vencido por Michael Dukakis que, por sua vez, perdeu as eleições daquele ano para o republicano recém-falecido George H. W. Bush. Vinte anos mais tarde, disputou outra vez as preliminares sem sucesso, sendo, no entanto, posteriormente escolhido por Barack Obama para ser seu vice.
Biden foi eleito para o Senado aos 29 anos de idade pelo estado de Delaware. Durante seu mandato, ele foi presidente do Comitê de Relações Exteriores e do Comitê Judiciário do Senado. Passou oito anos a frente da vice-presidência dos EUA. Sem dúvidas um currículo extenso dentro do governo, mas que também pode ser seu calcanhar de aquiles, já que umas das armas utilizadas por Donald Trump para desqualificar Hillary Clinton na eleição passada foi o fato da mesma ser uma política profissional de carreira, sem contato com o país que existe fora de Washington.
Outro fator que pode pesar contra o ex-vice-presidente é a sua idade. Biden terá completado 78 anos em 2020. O candidato mais velho a ser eleito pelos americanos foi justamente Donald Trump, com 70 anos em 2016. Além do mais, Biden é famoso por suas gafes infelizes, como quando em 2008, ao descrever seu então oponente Obama, disse que ele renderia um baita livro por se tratar do primeiro afro-americano articulado, brilhante, limpo e bonito. Sem contar também seu carinho um tanto quanto excessivo por menores de idade.
Sua plataforma de campanha deverá envolver propostas como a expansão do desastroso ObamaCare, taxação de fortunas e de grandes empresas , questões ligadas à proteção do meio ambiente e políticas afirmativas para acenar como bom samaritano às minorias.
Dinheiro e credibilidade dentro do partido ele possui. Resta saber se Biden é o contraste certo para vencer Donald Trump, cujo governo, apesar da cobertura retratada pela mídia, vem agradando a grande parcela dos americanos até então.
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