Na minha época de faculdade, o que não faz tanto tempo, era comum ver jovens (principalmente garotas) vendendo doces e bolo de pote.
Não é o cenário ideal, mas o estudo requer despesas. Esse é um meio digno de contornar dificuldades financeiras para realizar os próprios sonhos.
Hoje, passeando por instituições de ensino em minha cidade, a quantidade de estudantes vendedores reduziu drasticamente.
Uma plataforma tem grande culpa no cartório: OnlyFans. Meninas descobriram que é bastante lucrativo vender o próprio corpo na internet, enquanto meninos, muitas vezes, exercem o papel de cafetões virtuais.
Nessa modalidade de conteúdo adulto, assinantes pagam mensalmente para receber atualizações que englobam fotos, vídeos e até áudios provocantes destinados individualmente aos clientes.
Inegavelmente, algo mais lucrativo e mais cômodo do que enfrentar o sol e abordar outras centenas de estudantes.
Mas a que preço? Tais conteúdos vazam com frequência e uma vez publicados na internet, ficam armazenados para sempre.
Daqui a 10, 15 ou 20 anos, essa menina possivelmente possuirá uma nova família constituída e terá que lidar com os demônios de seus atos promíscuos e inconsequentes.
Sem falar na deterioração da alma e em problemas crassos de autoestima: é praticamente impossível deitar no travesseiro para dormir e não constatar o enorme vazio que é a sua própria existência servir como deleite para milhares de tios tarados.
O caminho mais curto não é o melhor. Cedo ou tarde, as “profissionais do OnlyFans” despertarão para o golpe de realidade.