Final da Copa América coloca antagonismos políticos em jogo

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Se engana quem visualiza a partida de hoje como um mero entretenimento. Questões relacionadas à Copa América estiveram presentes no debate público desde o mês passado e influenciam a política nacional e internacional.

Começando pela realização da própria Copa América. A grande mídia sustentou narrativas estapafúrdias contra o evento, que após ter a sua sede negada por todos os países sul-americanos, foi abraçada pelo “presidente genocida”.

A Globo, que não possui o direito de transmissão da Copa, investiu todas as suas energias para sabotar a competição. Casagrande, um dos comentaristas esportivos da emissora, fez diversas críticas ao craque da Seleção Brasileira, no sentido de ele supostamente não se importar com a quantidade de mortes decorrentes do vírus chinês. Rizek, outro funcionário da Globo, chegou a dizer que “o patriotismo é o último refúgio dos canalhas”.

A ofensiva por parte de diferentes setores da grande mídia contribuiu para acirrar os ânimos entre os próprios brasileiros. Parte da população, geralmente identificada com ideais de esquerda, passou a sinalizar apoio à seleção da Argentina, como forma de “protestar” contra Bolsonaro.

O presidente brasileiro, inclusive, cutucou Fernández na Cúpula do Mercosul: “Eu vou adiantar o placar: 5×0”, algo que repercutiu bastante no país vizinho e trouxe outro componente político para a disputa.

Sendo assim, apesar do técnico Tite, que é um esquerdista desqualificado, o melhor cenário hoje seria o de vitória do Brasil. Com dancinha do Neymar e comemoração entusiasmada de Jair Bolsonaro.


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