DJ condenado por associação ao tráfico de drogas é contratado pela Globo

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Rennan da Penha, conhecido por organizar o Baile da Gaiola, que possui comumente uma quantidade exorbitante de traficantes e armas, divulgou em uma de suas redes sociais que irá atuar nas próximas novelas da emissora, o que demonstra, de forma evidente, as intenções da empresa em normatizar condutas execráveis e estilos de vida contrários aos interesses da população.

O DJ havia sido absolvido da primeira condenação, entretanto, após recurso do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, foi condenado em segunda instância a cumprir pena de 6 anos e 8 meses em regime fechado. Nesse ínterim, diversas instituições e famosos manifestaram seu apoio ao preso, bem como a Ordem dos Advogados do Brasil do estado supracitado, que demonstrou contrariedade à decisão do MP, alegando que o caso aborda uma “tentativa de criminalizar a arte popular”.

Inúmeras provas corroboram com a decisão acertada do Ministério Público Estadual do Rio, como mensagens de texto, relatos de outros presos, fotos e até vídeos onde o condenado se mostra bastante íntimo de outros traficantes. Rennan da Penha foi acusado de ser o “olheiro”, pessoa que informa a localização dos policiais dentro da comunidade a fim de colocá-los em emboscadas e com o intuito de haver a fuga dos criminosos.

Foto: Reprodução TV Globo. Rennan cumprimentando outro traficante, apelidado Dudu de Antares, Ricardo de Freitas.

Em decorrência da mudança de entendimento do STF sobre a condenação em segunda instância, o DJ foi posto em liberdade em novembro do ano passado, e, ao que tudo consta, irá participar das próximas tramas da Rede Globo. Ele concedeu, em dezembro, uma entrevista ao programa do Bial, reiterando a sua suposta inocência.

A subcultura, representada neste caso pelo funk, muito bem retratada em diversas obras do escritor conservador Theodore Dalrymple é, inegavelmente, uma normalização do crime, do vilipêndio às mulheres e do culto às drogas. Hoje, em especial no Brasil, a condenação dos atos cometidos em bailes funk é caracterizada como perseguição às pessoas menos abastadas, enquadrando a justiça, mais uma vez, em uma participante da teoria da luta de classes.


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