Andrew Yang: um globalista keynesiano

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Quem acompanhou as prévias para as eleições americanas de 2016, notou que nos primeiros debates entre pré-candidatos republicanos havia 11 postulantes. Enquanto que do lado democrata, desde o início, a concorrência se resumiu a 5 nomes apenas, culminando com a escolha de Hillary Clinton.

No entanto, como os democratas é quem estarão atrás de reconquistar a Casa Branca daqui a menos de dois anos, o quadro deverá ser invertido, e a especulação maior girará em torno deles.

O candidato desta semana é Andrew Yang, um nova-iorquino filho de imigrantes vindos de Taiwan formado pela Columbia Law School. Em 2011, fundou o Venture For America, uma organização sem fins lucrativos que recruta jovens recém-formados para trabalharem em startups. Sem experiência prévia na política, foi em novembro de 2017 que ele oficializou sua pré-candidatura junto ao Federal Election Commission.

Embora não seja membro da ala socialista do Partido Democrata (Democratic Socialists of America), costumo chamá-lo de Bernie Sanders 30 anos mais jovem. E é fácil entender por quê. Assim como o senador de Vermont, Andrew foca sua plataforma de campanha na reforma daquilo que é considerado pela esquerda como o “capitalismo selvagem”.

Suas propostas mais latentes são o Medicare for All (saúde pública e de acesso gratuito); financiamento público da dívida universitária; e pagamento de uma renda básica universal no valor de US$ 1,000 dólares para todos os americanos entre 18 e 64 anos de idade.

Yang também é defensor do aumento do salário mínimo e crítico ferrenho da automatização do trabalho. Ele não enxerga, no entanto, o quanto seu país se beneficia da tecnologia e como esta, na verdade, é mais amigável ao homem do que muitos pensam, já que desobriga o consumidor de pagar por algo que ele não queria de fato e promove um redirecionamento da mão de obra para áreas onde a interação entre seres humanos é mais valiosa.

Em resumo, Andrew Yang, que terá 45 anos em 2020, pode ser classificado como um globalista keynesiano. Não acredito que ele possua lobby político, suficiente aporte financeiro e a capilaridade necessária para ganhar a nomeação frente a outros nomes, a exemplo de Kamala Harris e possivelmente Joe Biden. Concorre apenas para fazer nome e, nesse ínterim, avançar pautas controversas na sociedade americana.


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