A grande vitória conservadora na itália

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Este é um ano eleitoral não apenas no Brasil, mas em outros países tanto da América Latina como na Europa. Em solo tupiniquim, já é sabida de todos a interferência do Judiciário no processo eleitoral, através do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral. E no Velho Continente, a presidente da União Européia foi quem resolveu se intrometer nas eleições italianas.

No último Domingo, 25, ocorreu o processo eleitoral na Itália, tendo como concorrentes as seguintes coalizões: Centro Destra (centro direita), Centro Sinistra (esquerda), Movimento 5 Stelle (partido-esquerda), Azione Italia Viva e Italext Per L’italia (partidos). A candidata favorita, Giorgia Meloni, concorreu pela coalizão Centro Destra. E pelo simples fato de estar à direita, foi alvo de críticas.

A presidente da União Européia, Ursula von der Leyen, manifestou seu descontentamento (para não dizer, sua raiva) ao perceber a predileção dos italianos por Meloni. Questionada sobre a perspectiva de o bloco de direita vencer as eleições italianas, disse a repórteres na quinta-feira:

“Veremos o resultado da votação na Itália, também houve eleições na Suécia. Se as coisas vão em uma direção difícil, temos ferramentas, como no caso da Polônia e Hungria.”

Os comentários provocaram fúria no Parlamento Europeu. Marco Zanni e Marco Campomenosi, representantes da Itália no Parlamento Europeu, escreveram uma nota de repúdio contra as falas de Ursula:

“A Itália é um país livre e soberano com uma forte tradição democrática. Os cidadãos italianos merecem respeito e Bruxelas deveria obtê-lo. As palavras ditas ontem por Ursula Von der Leyen são vergonhosas, não aceitamos advertências, lições ou ameaças veladas; porém, três dias antes da votação, mais uma interferência de alguém da UE que não consegue aceitar que na Itália, a soberania pertence ao povo.
Vamos apresentar uma pergunta para esclarecer o assunto. Seja intencional ou um lapso, é de qualquer forma grave e inaceitável. A presidente da Comissão Europeia deve se desculpar e respeitar o voto dos italianos.”

Não foi apenas Ursula que demostrou estar incomodada com o avanço da direita na Europa. A revista alemã Stern rotulou a parlamentar italiana como “A mulher mais perigosa da Europa”. Já a revista The Economist publicou “A Europa deveria se preocupar? Giorgia Meloni e a ameaça da direita italiana”. A primeira-ministra francesa Elizabeth Borne também resolveu intrometer-se ao dizer “A França estará atenta ao respeito aos direitos humanos e ao direito ao aborto na Italia.” Contudo, Giorgia Meloni foi a grande vencedora do pleito e sua coalizão obteve maioria tanto na Câmara como no Senado (para o desespero dos progressistas).

Meloni, 45 anos, é a primeira mulher a se tornar primeira-ministra na Itália. Foi eleita pela primeira vez em 2006 para a Câmara dos Deputados, sendo posteriormente a vice-presidente mais jovem da Câmara. Em 2008, ela foi nomeada ministra de Políticas para a Juventude; foi a ministra mais jovem de todos os tempos na história da república italiana. Onde estão as feministas, que dizem defender a igualdade entre homens e mulheres, para comemorar os feitos de Giorgia?

Na reta final de sua campanha, Meloni utilizou o slogan “Deus, pátria e família”, tal qual o presidente Jair Bolsonaro o faz no Brasil (será que na Itália podem existir outdooors com esta frase ou isso é considerado fascista pela Suprema Corte de lá?). Tem como referências o presidente conservador dos Estados Unidos, Ronald Reagan, e o Papa João Paulo II. Posicionou-se contra ideologia de gênero, imigração em massa, legalização da maconha, a violência de grupos radicais islâmicos na Europa e a eutanásia.

E mal acabaram as eleições, os estudantes italianos resolveram “protestar”: os “manifestantes” ocuparam uma escola em Milão por conta da vitória de Giorgia Meloni, dizendo estar prontos para uma política “perigosa e repressiva.”

Mas, o que faz uma mulher cristã, casada, mãe e parlamentar desde tenra idade a ser odiada a partir de estudantes até pela presidente da União Européia?

A esquerda é vazia de valores e princípios. Karl Marx, o guru dos progressistas, disse:

“A religião é o suspiro da criatura oprimida oprimida, o coração de um mundo sem coração e a alma de uma época desalmada. A religião é o ópio do povo.”

O que coloca um “freio” moral na sociedade é a religião, sobretudo o cristianismo. Toda a formação ideológica da esquerda parte do princípio de que o ser humano não é um ser corrompido e que pode implementar a justiça através de suas ações, sem uma interferência espiritual e superior. Na sociedade idealizada por Marx há somente o povo e o partido, através do Estado, que assume o papel de Todo-Poderoso.

É por isso que Giorgia Meloni tem sido tão atacada por progressistas: por não ser a favor de um Estado máximo e totalitário, por defender a vida desde a sua concepção e tantas outras pautas, tem sido ferrenhamente atacada pela imprensa e por parlamentares da ala esquerdista.

O povo italiano, através deste pleito, enviou o recado: o povo é conservador e, como tal, não aceita ruptura de valores e princípios. Que em nossa Terra de Santa Cruz, o povo brasileiro consiga transmitir o mesmo para os algozes que vem tolhendo nossa liberdade.


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