Arthur do Val e Renan Santos, duas entre as principais lideranças do MBL, voaram à Ucrânia com a justificativa de que forneceriam amparo aos residentes em situação de guerra. Fizeram a maior propaganda sobre uma aparente ajuda financeira e gravavam cada passo. Supostamente, grandes humanistas que arriscavam as próprias vidas para ajudar refugiados.
Muitos conservadores criticaram o espetáculo e entenderam que a motivação caça-like era muito fútil para viajar a um país que se encontra numa guerra sanguinária e é devastado palmo por palmo pela Rússia. Acontece que o buraco era muito mais embaixo.
Áudios divulgados nas mais diversas plataformas (e com autoria confirmada pelo próprio Arthur) mostram uma euforia abjeta com a vulnerabilidade de mulheres ucranianas, que perderam suas casas, foram separadas de suas famílias, formavam filas quilométricas e mal sabiam do próprio destino.
As refugiadas perfiladas eram analisadas como numa prateleira Self-Service pelo deputado, que fez uma comparação absurda com filas de baladas em São Paulo. (Imagina se fosse o Bolsonaro?)
“São fáceis, porque elas são pobres”, no fim das contas, foi um atestado perfeito da completa ausência de pudor moral do sujeito. Essa e tantas outras atitudes nos bastidores revelam a verdadeira índole de alguém que, no fim das contas, sempre se preocupa apenas com os próprios caprichos mesquinhos.
O adolescente de 35 anos, apesar de ter enterrado a carreira política, ainda se safou de algo pior: as suas falas chegaram ao conhecimento de grupos nacionalistas ucranianos, que ficaram transtornados com tamanho absurdo. Por sorte, ele já estava no caminho de retorno ao Brasil.
Acusados pela própria base de aventura sexual em um país devastado pela guerra, Renan e Arthur agora se juntam a Kim Kataguiri, outra importante liderança do movimento que, há três semanas, falou com todas as letras que a Alemanha errou em criminalizar o Nazismo.
O MBL é isto. Não foi por falta de aviso.