A nova da cultura Woke: pais não podem chamar filhas de “princesas”

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Quando falamos o nome Inglaterra, logo lembramos de coisas belas: a realeza britânica, a arquitetura medieval, até das folhas amarelas de outono caídas. Eu, particularmente, me recordo dos Beatles, Oasis, Queen, George Michael, Elton John; e também de um dos maiores chefs de cozinha do mundo, Gordon Ramsay.

Contudo, graças a chamada cultura woke, o lugar que sempre associamos ao que é belo estará cada vez mais sendo lembrado pelo progressismo; de uns tempos para cá, o país tem avançado demais com a agenda esquerdista.

Comentamos recentemente sobre a revolução cultural que está acontecendo por lá (clique aqui), que está fazendo com que obras clássicas como “A Fantástica Fábrica de Chocolates” e “Matilda” sejam reescritos à moda woke.

Não é apenas no campo cultural que o progressismo está avançando: o país aprovou há pouco tempo uma lei que proíbe oração silenciosa próximo à clinicas de aborto.

Voltando ao campo cultural, a agenda progressista está empenhada em destruir a infância das crianças britânicas: A Bright Horizons, gestora de creches e pré-escolas do Reino Unido, enviou um manual de “boas práticas” aos pais das crianças matriculadas. Segundo a cartilha, as famílias não podem chamar as filhas de “bonitas” e “princesas”.

A responsável da empresa, Laura Linn Knight, disse que as pessoas precisam “ter cuidado” com a forma como estão “estereotipando” meninas que gostam do que é feminino:

“Não vamos prender as meninas em um papel específico apenas por causa de seu sexo”

Havia outra pessoa que pensava da mesma forma que Laura Linn: o Dr John Money, que tratou dos gêmeos Reimer. Ao leitor que chega ao Mundo Conservador pela primeira vez e que não conhece esta história, farei um resumo para mostrar que o que a gestora do Bright Horizons pensa não é verdade.

Bruce e Brian tinham sete meses quando apresentaram problemas de fimose; Bruce foi operado primeiro e, infelizmente, houve um erro médico grave, que ocasionou a inutilidade do membro.
Seus pais, em desespero, entraram em contato com o Dr John Money, que o conheceram assistindo um programa de tv. Nele, o médico contava as “maravilhas” que obtinha com procedimentos para mudanças de gênero. Isso acendeu nos pais de Bruce uma esperança de que o filho se tornasse filha.

Money, em experimentos realizados no John Hopkins Hospital com pessoas interssexuais, disse que todos nascem “neutros” quanto ao sexo psicológico; ou seja, ele apregoava a ideologia de gênero, mesmo sem ser com esta nomenclatura. E ele ensinou aos pais de Bruce – que se tornou Brenda – a como se comportar como menina.

Contudo, Brenda não estava reagindo bem a este experimento: no jardim de infância, sua professora dizia que ela “era como se fosse um garoto”; no primeiro ano, só interessava por brincadeiras masculinas. Contudo, Money, de forma cínica, publicou livros e artigos dizendo que seu experimento com Brenda havia sido um “sucesso”. Seus inscritos, inclusive, influenciaram feministas, como Kate Millet.

Por insistência do Dr Money, Brenda começou a tomar hormônios aos doze anos; começou a comer descontroladamente e a voz passou a engrossar. Foi pressionada a fazer a cirurgia para obter genitália feminina – inclusive pressionada por uma transsexual convidada por Money.

Por conta da demasiada atenção dada a Brenda, Brian, o outro irmão, começou a desenvolver comportamentos com tendências criminosas, sendo detido por furto.

Em 1978, a emissora BBC demonstrou interesse no caso dos gêmeos e foi procurá-los. Entrevistando alguns dos psiquiatras que atenderam o caso, perceberam que a história não era tão cor-de-rosa como foi relatado. Por fim, chegaram na mão dos gêmeos, Janet, que relatou aos repórteres ter sido vítima de lavagem cerebral.

Mas eles tinham que procurar aquele que causou todos estes problemas. Money, ao perceber que os jornalistas da BBC tinham real conhecimento do caso, irritou-se e os expulsou de sua sala; em seguida, ligou para os pais dos gêmeos, ordenando que não atendessem nenhuma ligação.

Em 1980, Ron, o pai dos gêmeos, levou Brenda para tomar um sorvete e contou-lhe toda a verdade: no meio de um turbilhão se sentimentos, ela sentiu alívio. E disse ao seu pai que aos dezoito anos faria cirurgia para voltar a ser “homem”.

Contudo, um pênis rudimentar não resolveu os problemas que David – nome que Brenda escolheu – teve para se relacionar com meninas; por conta disso, começou a beber, entrou em depressão e chegou a tentar o suicídio.

Infelizmente, toda a família foi prejudicada: Brian, o irmão, morreu de overdose; David suicidou-se em 2004; Janet, a mãe, entrou em depressão profunda. E tudo porque um médico disseminou uma ideia estapafúrdia sem respaldo científico.

No auge do caso Reimer, um outro médico, Dr Milton Diamond, estando a gestação de porquinhos-da-índia, constatou que fêmeas submetidas a altas doses de testosteronadentro do útero desenvolviam comportamentos masculinos depois de nascidas; com seres humanos, Diamond observou o caso de uma menina também exposta a altas doses de testosterona e que, mesmo criada como menina, aos seis anos começou a dizer que era menino. Outro médico, Dr Harry Benjamin, estudou 47 de 87 pacientes interssexuais e não encontrou nenhuma evidência de que a forma de criar tenha influenciado seus comportamentos masculinos ou femininos.

Ou seja: o comportamento masculino e feminino está diretamente ligado ao comportamento social.

Agora é mais simples entender como a cultura Woke é tão prejudicial, especialmente para as crianças. Os papéis não são construções sociais como afirmam os progressistas, e se continuarem a confundir os pequenos desta forma, teremos milhares que, infelizmente, farão o mesmo que os gêmeos Reimer: para terminar com o sofrimento, verão o suicídio como alternativa.


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