A democracia de Randolfe Rodrigues: quem me incomodar será preso

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A ala vermelha repete o mesmo mantra todo santo dia: “O Brasil vive em uma democracia”; parlamentares de esquerda, petistas fantasiados de jornalistas, artistas que fizeram o L, todos tocam uma nota só. Contudo, há uma distância quilométrica entre a teoria e a prática.

Semana passada falamos da “recepção calorosa” com a qual o povo brasileiro residente em Nova Iorque recebeu os ministros do Supremo para a Lide Brazil Conference. Na mesma semana, ocorria a COP27, conferência climática que ocorreu no Egito. Nesta última, duas pessoas bem conhecidas do espectro progressista: Marina Silva e Randolfe Rodrigues. Trataremos neste artigo do senador.

Ao regressar do evento, o senador DPVAT deparou-se com uma eleitora que questionou seu trabalho. A resposta do parlamentar? “Perdeu, mané!”, a mesma utilizada pelo ministro Luis Roberto Barroso nos Estados Unidos. Uma reflexão: se falam assim com eleitores, o que não devem dizer para as esposas, não é?

Mas Randolfe quer um “diálogo democrático”, afinal, “o amor venceu”, não? Para selar a paz com o eleitor, o senador apresentou um projeto de lei que visa combater o assédio ideológico. Segundo o senador saltitante, esse ato consuma-se quando alguém “assedia” outra pessoa, publicamente, de forma violenta ou humilhante, por inconformismo político, partidário ou ideológico. E tem mais: a pena de detenção será de um a quatro anos, mais uma multa. Que lindo, não?

E aqui temos a prova daquele velho e conhecido refrão, “Acuse-os do que você é, xingue-os do que você faz”: Rodrigues também culpa a “extrema direita” por “atacar quase todos os que divergem deles”. Mas, ao mesmo tempo, ele diz: “É preciso que se assegure o direito à pluralidade política e ao diálogo republicano.” Mas que pluralidade, cara pálida??

Alias, o senador parece ter um “puxadinho” no STF: era só o presidente Jair Bolsonaro publicar algum Decreto ou Medida Provisória que o parlamentar saltitava para a Corte, pedindo a derrubada do documento. Além disso, o apresentador Sikera Jr, da TV A Crítica, também sofreu represálias do parlamentar.

Sikera, em seu programa, citou a Lei de Abuso de Autoridade que, na verdade, serviria para proteger bandidos, e disse que o autor da lei era Randolfe. Na época, o senador, muito indignado, enviou um áudio para colegas, comentando a citação feita por Sikera:

“A lei de Abuso de Autoridade, inicialmente, foi proposta por mim, mas foi proposta por mim como uma proposta dos procuradores da República que atuam na Operação Lava Jato (…) e me pediram para ser instrumento de apresentação dele. Depois disso, o senador Roberto Requião fez um substitutivo (mudança total do projeto) (…) Esse substitutivo alterou toda a Lei de Abuso de Autoridade. Sim, o projeto, originalmente era meu, foi modificado pelo substitutivo do senador Requião e, em seguida, na hora de votar no projeto, eu votei contra (…) Prestem atenção nesse áudio, repercutam isso, nos ajudem. tem uma milícia, uma gangue, uma quadrilha de bandidos querendo destruir a verdade (…) Esse cidadão (Sikera) que vem lá da caixa-prego, que postou o que postou, lá do Amazonas, é um militante de milícia digital, é um bandido articulado num programa de televisão!”

Uma verdadeira democracia se faz ouvindo críticas, opiniões contrárias, discutindo divergências; em um regime plural, várias vozes são ouvidas, pois é no debate de ideias que se traçam as melhores estratégias. Mas, quando há um partido único, não há democracia, e sim, ditadura.


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