Quando reuniu seus discípulos no Monte das Oliveiras, Jesus descreveu quais seriam os sinais do fim; e um deles era a falta do amor: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos.” (Mateus24.12). Também o Apóstolo Paulo, em carta a Timóteo, alerta que, nos últimos dias, os homens seriam egoístas, desafeiçoados e cruéis (1º Timóteo 3.1-4).
A crueldade pura e simples já é algo nefasto; pior, quando é cometida contra crianças.
Os “tempos modernos” ditam uma norma: a mulher que decidiu ter filhos não deve ser obrigada a estar com eles todo o tempo. Ela precisa realizar outras atividades “menos estressantes” a ficar com seu próprio rebento o dia inteiro. Então, todo sistema progressista, através de uma extenuante lavagem cerebral, tenta convencer a mulher que colocar seus filhos sob a responsabilidade de terceiros trará melhores efeitos.
Alexandra Kollontai, em sua obra “A família e o comunismo”, explica isso de forma clara e direta (e, de certa maneira, até cínica):
“O homem novo, de nossa nova sociedade, será modelado pelas organizações socialistas, jardins infantis, residências, creches para as crianças, etc, e muitas outras instituições desse tipos nas que a criança passará a maior parte do dia e nas que educadores inteligentes o converterão em um comunista consciente da magnitude dessa inviolável divisa: solidariedade, camaradagem, ajuda mútua e devoção à vida coletiva.“
Graças ao feminismo e sua “grande contribuição” para a sociedade, muitas mulheres necessitam matricular seus filhos em creches para que possam trabalhar e sustentar a casa. Por extrema necessidade, não podem usufruir do prazer de ser mães em tempo integral, vendo-se na difícil decisão de deixá-los com “tias” enquanto lutam pelo pão de cada dia.
Porém, um caso recente de maus tratos à crianças trouxe à baila uma discussão: será mesmo que deixar os filhos sob a responsabilidade de outros é saudável?
A Polícia Civil do Estado de São Paulo está investigando um caso de maus tratos ocorrido em uma creche localizada na Zona Leste. Em um vídeo, há o registro de duas crianças amarradas com lençóis, presas em bebês-conforto; uma estava debaixo da pia, a outra, ao lado do vaso sanitário. Registros fotográficos mostram uma criança dormindo, também presa na cadeirinha, com a cabeça caída.
O pastor Rodrigo Moccelin, em uma postagem em seu Instagram, recebeu vários depoimentos de mães e de ex-funcionárias de creches, que relatavam o terror vivenciado pelas crianças: deixadas com fome, horas e horas no banheiro, sendo pressionadas a ficarem acordadas (a “tia” chegou a jogar água gelada no rosto da criança para que não dormisse).
À medida que o progressismo avança com sua agenda que visa somente o hedonismo e a causa socialista, princípios e valores são deixados de lado em prol da busca do “homem novo” a ser moldado pela sociedade coletivista. Nessa nova “sociedade” não há Fé, tradição ou valores a serem cultivados; apenas aquilo que interessa à revolução.