Volta e meia, membros de partidos de esquerda proclamam que a imprensa deve ser “livre”. Contudo, isso não acontece na prática. O ex-presidente Lula já anunciou, pelo menos nove vezes, que, se eleito em 2022, vai regulamentar os veículos de comunicação. Resumindo: apenas a mídia dita “tradicional” terá espaço e esta apenas poderá publicar o que convier ao governo.
Para quem quer um exemplo prático de como seria um novo governo de esquerda no Brasil, basta observar o que está ocorrendo na Rússia. O presidente (ditador) Vladmir Putin proibiu a imprensa de utilizar as expressões “ataque”, invasão” e guerra”.
De acordo com o Roskomnadzor, órgão regulador de comunicações do governo russo, o termo que deve ser utilizado é “operação militar especial em Donbass”. A punição para quem descumprir a medida é o bloqueio imediato e multa de US$60 mil. Ainda segundo a agencia regulatória russa, informações confiáveis são apenas encontradas em canais oficiais de comunicação do governo.
Além da censura as mídias alternativas, o Facebook também foi censurado no país. A desculpa é que, desde 2020, 26 casos de discriminação contra a mídia russa foram registrados.
Entenda a Lei do Agente Estrangeiro
A lei, registrada em 2012, permite rotular publicações e jornalistas e obriga a imprensa independente a revelar em suas reportagens os financiadores do veículo, entre outras imposições e restrições. Uma vez rotulados pelas autoridades como “agente estrangeiro”, indivíduos e organizações ficam obrigados a indicar o fato em qualquer conteúdo que publicarem, até mesmo postagens nas redes sociais.
Em 2019, o ditador russo ampliou o entendimento de quem pode ser considerado um agente estrangeiro. Agora, o termo pode ser aplicado a qualquer pessoa ou empresa que receba recursos estrangeiros, independente da fonte, e publique materiais impressos ou online no país.
Com isso, a Rússia controla a imprensa internacional e veículos locais que recebem fundos de organizações estrangeiras.
Diversas publicações fecharam com a fuga de investidores, temerosos pela exposição, e jornalistas foram taxados como inimigos do Estado. Vários correspondentes internacionais que estavam no país fugiram com medo de serem presos.
Dentro do país em si, parte considerável da população, com acesso limitado à internet e com os canais de televisão controlados pelo governo russo, tem acesso apenas à narrativa selecionada por Vladimir Putin. Um mundo paralelo de informações é criado, como na obra clássica 1984, do George Orwell.
Para quem simpatiza com o lado vermelho, observe bem como estará o Brasil caso os planos do Nove Dedos se concretizem.