Imagine que você está em dificuldades financeiras em seus negócios e precisa de uma verba para investir. Você se dirige ao banco, expõe a situação e, então, o gerente decide emprestar uma quantia. Mas, como garantia, você faz uma proposta, no mínimo, esquisita: caso não consiga quitar, pagará com… charutos!! Achou um absurdo, não? Mas foi exatamente isso que Cuba fez com o Brasil, na época do governo petista.
Na sua última live, no dia 28 de janeiro, o presidente da República Jair Bolsonaro e o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) Gustavo Montezano, relataram que Cuba, ditadura socialista que era, à época governada por Fidel Castro, ficou devendo para o Brasil R$ 3,6 bilhões em empréstimos concedidos .
O presidente Bolsonaro disse que a CPI do BNDES, criada para investigar possíveis fraudes, foi finalizada em 2019; à época, várias pessoas foram indiciadas, como ex-dirigentes, empresários, ex-conselheiros do banco e ex-ministros do governo Lula. O órgão financiou obras em países como Angola, Argentina, Cuba, Equador e Venezuela (coincidência ou não, todos países regidos pela esquerda). Foram construídos projetos de habitação popular, aeroportos, hidrelétricas, linhas de transmissão de energia, gasodutos, metrô, irrigação e drenagem, siderúrgicas, estaleiros e obras de saneamento básico. Os custos giram em torno de US$ 10,5 bilhões.
Montezano explica que era o cidadão brasileiro, e não o BNDES, que corria o risco com essas operações: “No final do dia, quem corria o risco era o cidadão brasileiro. O banco não corria risco nenhum. O Banco liberava o empréstimo e o Tesouro Nacional assumia o risco da operação. Então, a garantia da operação pro BNDES era o aval do Tesouro. O Banco emprestava, o Tesouro garantia.”
O valor emprestado para Cuba nunca foi pago. E como garantia, Montezano revela o trato inusitado: “Cuba deixou em garantia recebíveis de venda de charuto doméstico. Se não pagasse, o governo brasileiro iria em Cuba e iria penhorar as vendas de charuto em Havana.” E Gustavo reforça: “Tem documento oficial aqui do Governo dizendo que a garantia era essa.” O prazo normal de pagamento seria doze anos, mas Cuba conseguiu ampliar para vinte e cinco.
“É muito amor com Fidel Castro”, brincou Bolsonaro. Um amor tão caro que, até hoje, o brasileiro está pagando.