Imediatismo: a grande ameaça à direita brasileira

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Após o memorável ato cívico do 7 de Setembro, que teve como principal pauta a liberdade, muitos brasileiros alimentaram expectativas para uma intervenção militar.

Todo o cenário já estava desenhado na mente dessas pessoas: ministros do STF depostos, emissoras fechadas e Bolsonaro com o controle total do país.

Embora esse panorama possa parecer interessante, a verdade é que a situação seria extremamente complexa e problemática. Existem incontáveis exemplos no mundo que mostram as consequências de uma ruptura institucional.

Um ato do gênero, considerando a conjuntura, possuía alta probabilidade de gerar um efeito reverso com os conservadores banidos do debate público por 50 anos ou mais. Bolsonaro na lata de lixo da história.

Era o que a esquerda almejava, por sinal, como demonstraram Felipe Neto e outros nomes. Acontece que Bolsonaro seguiu um caminho alternativo:

Negociou nos bastidores, publicou uma nota apaziguadora e, obviamente, também exigiu contrapartidas para tal.

E o papel das manifestações? Justamente fornecer um maior poder dissuasivo numa mesa de negociações. A proporção dos atos impressionou e fez com que ele ganhasse mais respeito dos adversários e do sistema. Um Bolsonaro enfraquecido não teria condições de fazer qualquer exigência.

Todos os conservadores deveriam comemorar o êxito da empreitada, mas acontece que muitos foram contaminados por um espírito revolucionário e sanguinário. Querem ver “o circo pegar fogo” a todo custo e ignoram as consequências de médio e longo prazo.

Enquanto acreditarem que décadas de inércia política e cultural serão compensadas com um golpe militar, afirmo categoricamente que não evoluiremos enquanto movimento.

Ocupar instituições, realizar trabalho de base e eleger políticos qualificados para o parlamento são alguns objetivos essenciais e que, infelizmente, não encontram eco na direita brasileira. Grande parte está sempre em busca de atalhos.

Deixo aqui os meus mais sinceros parabéns ao presidente da República, que trabalha infinitamente mais pelo país do que qualquer influenciador histérico na internet.

A paz sempre é preferível à guerra. O método conservador sempre é preferível à revolução.


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